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lunes, 19 de febrero de 2024

O MISTÉRIO DA REDENÇÃO.

 



II. —Época da Quaresma.

1. — Exposição dogmática.

 O tempo da Septuagésima lembrou-nos como o homem caído deve associar-se, através do espírito de penitência, à obra redentora do Messias. Pois bem, nesta Quaresma, através do jejum e de outras práticas penitenciais, vamos incorporá-la de forma ainda mais perfeita. Nossa alma rebelde contra Deus tornou-se escrava do diabo, do mundo e da carne. E precisamente, ao longo deste tempo santo a Igreja mostra-nos Jesus já no deserto (Dom. I de Quar.), já no meio dos perigos. da sua vida pública, lutando para nos libertar da tripla escravidão do orgulho, da ganância e da luxúria, que nos escraviza, criaturas. Quando pela sua doutrina e pelas suas dores nos redimir do cativeiro e restaurar a liberdade dos filhos de Deus, ele nos dará, nas celebrações da Páscoa, a vida divina, que havíamos perdido. Daí que a liturgia quaresmal, impregnada dos ensinamentos do Mestre e do espírito de penitência do Redentor, serviu noutros tempos para a formação dos catecúmenos e para levar ao compunção os penitentes públicos que aspiravam a ressuscitar com Jesus no dia Sábado Santo, através da recepção do Sacramento do Batismo, ou da Penitência. Estes são os dois pensamentos que a Igreja desenvolverá durante toda a Quaresma, mostrando-nos na pessoa dos judeus infiéis aos pecadores, que não podem regressar a Deus senão associando-se ao jejum de Jesus (Ev. do 1º Dom. ); e na dos gentios, chamados em seu lugar, os efeitos do Sacramento da regeneração (Ev. do 2º e 3º dom.) e da Eucaristia nas nossas almas (Ev. do dom.).

No Ofício Divino continuam as leituras do Antigo Testamento. No primeiro domingo da Quaresma, a figura de Isaque é eclipsada pelo pensamento de Jesus no deserto. Na última semana da Quaresma, a liturgia lê a história de Jacó, figura de Cristo e da sua Igreja, sempre protegida e favorecida por Deus como aquele santo patriarca. É José nas leituras do Breviário da 3ª semana, e nele vemos uma figura de Cristo e da Igreja, que sempre retribuiu o bem com o mal, e brilha com brilho incomum pela sua vida imaculada. Por fim, a 4ª semana é consagrada a Moisés, que libertou o povo de Deus, introduzindo-o posteriormente na terra prometida, e figura nisto o que a Igreja e Jesus Cristo fazem com as almas na Páscoa.

Vemos, então, como “Deus explica à luz do Novo Testamento os milagres dos tempos primitivos” (Orac. del Sat. S.). Assim, meditando nas páginas paralelas de ambos os Testamentos, preparar-nos-emos para celebrar com a Igreja os santos mistérios pascais, pois aquelas páginas sagradas nos dão uma compreensão completa da misericórdia divina, que não conhece limites. A liturgia quaresmal também nos exorta pela boca de Isaías, Jeremias e dos Profetas; e no Novo Testamento, pela de São Paulo, cujas Epístolas se tornam como o eco da voz do Mestre, que se ouve nos Evangelhos daqueles quatro domingos. Bem podemos considerar todo este tempo como um grande retiro espiritual, no qual entram todos os cristãos do mundo inteiro, para se prepararem para a festa pascal, e que termina com a Confissão e a Comunhão Pascal. Assim como Jesus, retirando-se da agitação do mundo, rezou e jejuou durante 40 dias, e depois no seu vício de apostolado nos ensinou como devemos morrer para nós mesmos, assim também a Igreja, nesta santa Quarentena, nos prega como devemos morrer em nós, o homem do pecado.

Essa morte se manifestará em nossa alma através da luta contra o orgulho e o amor próprio, através do espírito de oração e da meditação mais assídua da palavra divina. Também se manifestará em nosso corpo através do jejum, da abstinência e da mortificação dos sentidos. Finalmente aparecerá em toda a nossa vida através de uma maior renúncia aos prazeres e bens do século, dando mais esmolas e abstendo-se de participar nas festas mundanas. Porque, com efeito, o jejum quaresmal não deveria ser mais do que a expressão dos sentimentos de penitência de que está repleta a nossa alma, ocupando-se tanto mais livremente com as coisas de Deus quanto mais restringe o dom dos sentidos. Assim, este tempo favorável como nenhum outro é, para os corações generosos, uma fonte de santa alegria, que transparece em todos os poros da liturgia quaresmal.

Esta obra de purificação realiza-se sob a direção da Igreja, que une os nossos sofrimentos aos de Cristo. Também os cobardes podem entrar na luta com esforço, confiando na graça de Jesus, que não deve faltar, se implorarem a ajuda divina contra o inimigo; e os fortes não se orgulham da sua observância, porque devem saber que só a Paixão de Jesus é o que os salva, e só “participando dela com paciência é que os seus frutos de saúde lhes são aplicados”.

 «A observância da Quaresma, diz o Papa Bento XIV, é o cinto da nossa milícia, e por ela nos distinguimos dos inimigos da Cruz de Cristo; através dela afastamos os furacões da ira divina; Através dela somos protegidos com ajuda celestial durante o dia e nos armamos contra os príncipes das trevas. Se esta observância fosse relaxada, diminuiria a glória de Deus, desacreditaria a religião católica, seria um perigo para as almas cristãs, e não há dúvida de que tal tibieza se tornaria uma fonte de infortúnios para as pessoas, de desastres. assuntos públicos e de infortúnios para os mesmos indivíduos.

2. — Exposição histórica

A liturgia quaresmal faz-nos seguir Jesus em todas as aventuras do seu ministério apostólico.

Primeiro ano: Jesus passou pela primeira vez 40 dias no deserto no Monte da Quarentena, a nordeste de Betânia (1º domingo). Depois cercou-se dos seus primeiros discípulos e subiu com eles para a Galileia, de onde regressou a Jerusalém para ali celebrar a festa da Páscoa, expulsando depois os vendedores do Templo (Seg. da 4ª Semana). Depois de ter evangelizado a Judeia durante vários meses, foi para Siquém, onde converteu a samaritana (sexta-feira, 3º semestre), de onde foi para Nazaré, pregando na sua sinagoga (segunda-feira, 3º semestre). De lá, finalmente, rumou para Cafarnaum, viajando depois pela Galiléia (quinta-feira, 3A sem.). Segundo ano: Jesus voltou novamente a Jerusalém para a 2ª Páscoa, e lá curou o paralítico no tanque de Betsaida (Evangelho. Sexta-feira 1ª Semana). De volta à Galiléia, ele pregou o Sermão da Montanha (Mt. Kouroun-Hattin) (Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira seguinte). Entrando em Cafarnaum, ele curou o servo do Centurião (quinta-feira após Cen.) e depois ressuscitou o filho de uma viúva em Naim (Ev. quinta-feira, 4a Sem.). Depois evangelizou novamente a Galiléia, e foi imediatamente para Betsaida-Júlias, nos domínios de Filipe. Nas proximidades daquela cidade multiplicou os pães (4º domingo), e depois caminhou sobre as águas do lago, quando regressou a Cafarnaum (sábado depois do jantar).

Terceiro ano: Jesus percorreu então as regiões de Tiro e Sidom, onde seus inimigos o seguiram (Quarta, 5º Sem.); Ouviu o apelo da mulher cananeia quando passava por Sarepta (quinta-feira, 1º S.) e, regressando por Cesaréia de Filipe, regressou à Galileia, onde então ocorreu a Transfiguração (Sáb. Sec. e 2º Sol.). De volta a Cafarnaum, ele pregou misericórdia aos seus apóstolos (Mart. 3a S.) e imediatamente subiu a Jerusalém para a Festa dos Tabernáculos, para nunca mais voltar à Galiléia. Lá ele confundiu os judeus que o acusaram de violar o sábado (Mart. 4a Sáb.), perdoou a mulher adúltera (Sabedoria 3º Sáb.), ensinou no Templo (Sabedoria 4a Sáb. Seg. 2º Sáb.) e curou o homem cego de nascença (quarta, 4a S.). Depois de Jesus estar na Galiléia, ele foi para a Peréia, onde restaurou a fala de um homem mudo (domingo, 3º) e mostrou Jonas como imagem de sua ressurreição (quarta-feira, 1º de setembro). De lá ele veio a Jerusalém para a Festa da Dedicação, e depois retornou à Peréia, onde pregou a parábola do filho pródigo (Sat. 2a S.) e do rico epulon (Jud. 2a S.). Depois foi chamado a Betânia, onde ressuscitou Lázaro (Vi. 4a S.). Depois de partir para Efrém, dirigiu-se a Jerusalém, anunciando como seria condenado à morte (Quarta, 2º S.). No Templo expulsou novamente os vendedores (Mart. 1º S.), pronunciou a parábola dos vinhateiros rebeldes (Sexta-feira, 2º S.) e desmascarou a hipocrisia dos fariseus (Mart. 2º S.). Por fim, subiu ao Monte das Oliveiras e, olhando para Jerusalém onde o crucificariam três dias depois, falou do Juízo que separará para sempre os bons dos maus (Seg. 4a S.).

3. — Exposição litúrgica.

 O tempo da Quaresma é dividido em duas partes. O primeiro começa na Quarta-feira de Cinzas, chamada pela liturgia de “Início da Santíssima Quaresma”, para terminar no Domingo da Paixão. A 2ª inclui a quinzena grande que leva o nome de Tempo da Paixão. Descontando os quatro domingos da Quaresma e os da Paixão e Ramos, temos apenas 36 dias de jejum, aos quais se somaram os quatro anteriores para obter o número exato de 40" que a Lei e os Profetas haviam inaugurado, e que o próprio Cristo consagrado pelo seu exemplo.

ESTAÇÕES DE QUARESMA. —Todas as missas quaresmais têm a sua Estação. O Papa, de facto, celebrou sucessivamente missas solenes nas grandes basílicas, nas 25 paróquias de Roma e em alguns outros santuários, rodeado pelo seu clero e pelo seu povo. Isso se chamava Estação. O nome que ainda permanece no Missal recorda-nos que Roma é o centro do culto cristão, mas isso é apenas o vestígio de uma liturgia mais de doze vezes secular e outras vezes tão solene. A Quaresma, com missa sazonal diária, é um dos períodos litúrgicos mais antigos e importantes do ano. O Ciclo Temporal dedicado à contemplação dos mistérios de Cristo exerce agora uma influência diária e direta sobre os fiéis, enquanto, noutras épocas do ano, as festas do meio da semana assemelham-se mais aos Dias Santos. E como toda a vida cristã se resume na imitação de Jesus, este Tempo, em que o Ciclo dos Santos é mais curto, deve ser especialmente fecundo para as nossas almas.      

A Igreja admitiu, pela sua excepcional importância, a festa da Anunciação (25 de março) e depois a de São Matias (24 de fevereiro) na liturgia quaresmal. E embora, ao longo do tempo, outras missas tenham sido acrescentadas em honra dos Santos, está, no entanto, totalmente de acordo com o espírito desta época, como nos recordou Pio X na sua Bula “Afflatu Divino”, de preferência, o missa justa, não no caso de duplas de 1ª ou 2ª classe; Pois bem, durante toda a Quaresma a missa oficial dos capítulos é a da feira (com púrpura), exceto nestas festas, e mesmo nestes mesmos dias (Anunciação, S. José e S. Matías), uma missa da feira em as catedrais e as colegiadas, para não interromper por nada a preparação pascal.

Para incutir o espírito de penitência, a Igreja não só suprime o Glória e o Aleluia e veste os seus sacerdotes com ornamentos roxos durante esta santa Quarentena, mas também ordena ao diácono que deixe a sua dalmática e ao subdiácono a sua túnica, símbolos de ambos. de alegria, e impõe silêncio ao Órgão. Após a Pós-Comunhão é feita uma Oração sobre o povo” precedida desta advertência: “Humilhai a cabeça diante de Deus”.

 A sociedade cristã anteriormente suspendeu os tribunais de justiça e as guerras durante este tempo, declarando a Trégua de Deus. Era também um período proibido para casamentos, e ainda hoje a Igreja proíbe dar a bênção solene aos cônjuges durante a Quaresma.

 

 

domingo, 18 de febrero de 2024

LE MYSTÈRE DE LA RÉDEMPTION.



II. — Carême.

 1. — Exposé dogmatique.

Le temps de la Septuagésime nous a rappelé combien l’homme déchu doit s’associer, par l’esprit de pénitence, à l’œuvre rédemptrice du Messie. Eh bien, ce Carême, à travers le jeûne et d'autres pratiques pénitentielles, nous allons l'incorporer d'une manière encore plus parfaite. Notre âme rebelle contre Dieu est devenue l’esclave du diable, du monde et de la chair. Et justement, tout au long de ce temps saint, l'Église nous montre Jésus déjà au désert (Dom. I de Quar.), déjà au milieu des aléas. de sa vie publique, luttant pour nous libérer du triple esclavage de l'orgueil, de l'avidité et de la luxure, qui asservissent nos créatures. Lorsque par sa doctrine et ses douleurs il nous aura rachetés de la captivité et restauré la liberté des enfants de Dieu, il nous redonnera, dans les célébrations pascales, la vie divine que nous avions perdue. C'est pourquoi la liturgie du Carême, imprégnée des enseignements du Maître et de l'esprit de pénitence du Rédempteur, servait autrefois à la formation des catéchumènes et à inciter à la componction les pénitents publics qui aspiraient à ressusciter avec Jésus le Samedi saint, par la réception du sacrement du baptême, ou celui de la pénitence. Ce sont les deux pensées que l'Église développera pendant tout le Carême, nous montrant dans la personne des Juifs infidèles aux pécheurs, qui ne peuvent revenir à Dieu qu'en s'associant au jeûne de Jésus (Evang. du 1er Dom.); et dans celui des Gentils, appelés à leur place, les effets du sacrement de régénération (Ev. de la 2e et 3e dom.) et de l'Eucharistie dans nos âmes (Ev. de la dom.).

Dans l'Office divin, les lectures de l'Ancien Testament se poursuivent. Le 1er dimanche du Carême, la figure d'Isaac est éclipsée par la pensée de Jésus dans le désert. Au cours de la dernière semaine du Carême, la liturgie raconte l'histoire de Jacob, figure du Christ et de son Église, toujours protégée et favorisée par Dieu en tant que saint patriarche. C'est Joseph dans les lectures du Bréviaire de la 3ème semaine, et en lui nous voyons une figure du Christ et de l'Église, qui ont toujours rendu le bien pour le mal, et brillent d'un éclat inhabituel pour leur vie immaculée. Enfin, la 4ème semaine est consacrée à Moïse, qui a libéré le peuple de Dieu, pour ensuite l'introduire dans la terre promise, et figure en cela ce que l'Église et Jésus-Christ font des âmes à Pâques.

Nous voyons alors comment «Dieu explique à la lumière du Nouveau Testament les miracles des temps primitifs» (Orac. del Sat. S.). Ainsi, en méditant les pages parallèles des deux Testaments, nous nous préparerons à célébrer avec l’Église les saints mystères pascaux, car ces pages sacrées nous donnent une compréhension complète de la miséricorde divine, qui ne connaît pas de limites. La liturgie du Carême nous exhorte également par la bouche d'Isaïe, de Jérémie et des prophètes ; et dans le Nouveau Testament, par celle de saint Paul, dont les épîtres deviennent comme l'écho de la voix du Maître qu'on entend dans les Évangiles de ces quatre dimanches. Nous pouvons bien considérer tout ce temps comme une grande retraite spirituelle, dans laquelle entrent tous les chrétiens du monde entier, pour préparer la fête pascale, et qui se termine par la confession et la communion pascale. De même que Jésus, se retirant de l'agitation du monde, a prié et jeûné pendant 40 jours, puis, dans son vice d'apostolat, nous a enseigné comment nous devons mourir à nous-mêmes, de même l'Église, dans cette sainte quarantaine, nous prêche comment nous devrions mourir en nous, l'homme du péché.

Cette mort se manifestera dans notre âme par la lutte contre l'orgueil et l'amour-propre, par l'esprit de prière et la méditation la plus assidue de la parole divine. Elle se manifestera également dans notre corps à travers le jeûne, l'abstinence et la mortification des sens. Elle apparaîtra enfin dans toute notre vie par un plus grand renoncement aux plaisirs et aux biens du siècle, en faisant plus d'aumônes et en s'abstenant de participer aux fêtes mondaines. Car, en effet, le jeûne du Carême ne doit être que l'expression des sentiments de pénitence dont notre âme est remplie, s'occupant d'autant plus librement des choses de Dieu qu'elle restreint le don des sens. Ainsi, ce moment propice, pas comme les autres, est pour les cœurs généreux une source de sainte joie, qui transparaît par tous les pores de la liturgie du Carême.

Cette œuvre de purification s'effectue sous la direction de l'Église, qui unit nos souffrances à celles du Christ. Les lâches peuvent aussi entrer dans la mêlée avec effort, confiants dans la grâce de Jésus, qui ne doit pas manquer, s'ils implorent l'aide divine contre l’ennemi; et les forts ne s'enorgueillissent pas de leur observance, car ils doivent savoir que seule la Passion de Jésus est ce qui les sauve, et que ce n'est qu’«en y participant par la patience que ses fruits de santé leur sont appliqués ».

«L’observance du Carême, dit le pape Benoît XIV, est la ceinture de notre milice, et par elle nous nous distinguons des ennemis de la Croix du Christ; grâce à elle, nous conjurons les ouragans de la colère divine; Grâce à elle, nous sommes protégés par l'aide céleste pendant la journée et nous nous armons contre les princes des ténèbres. Si cette observance devait se relâcher, cela diminuerait la gloire de Dieu, discréditerait la religion catholique, ce serait un danger pour les âmes chrétiennes, et il ne fait aucun doute qu'une telle tiédeur deviendrait une source de malheurs pour les hommes, de désastres. des affaires publiques, et des malheurs des mêmes individus.

2. — Exposition historique

La liturgie du Carême nous fait suivre Jésus dans toutes les aventures de son ministère apostolique.

Première année: Jésus a d'abord passé 40 jours dans le désert sur le Mont de Quarantaine, au nord-est de Béthanie (1er dimanche). Puis il s'entoure de ses premiers disciples et monte avec eux en Galilée, d'où il revient à Jérusalem pour y célébrer la fête de Pâque, expulsant ensuite les vendeurs du Temple (lun. de la 4ème semaine). Après avoir évangélisé la Judée pendant plusieurs mois, il se rend à Sichem, où il convertit la Samaritaine (vendredi 3ème semestre), d'où il se rend à Nazareth, prêchant dans sa synagogue (lundi 3ème semestre). De là, finalement, il s'est dirigé vers Capernaüm, puis a parcouru la Galilée (jeudi 3A Sem.). Deuxième année: Jésus revint de nouveau à Jérusalem pour la 2ème Pâque, et là il guérit le paralytique à la piscine de Bethsaïda (Evangile. Vendredi 1ère Semaine). De retour en Galilée, il prêcha le Sermon sur la Montagne (Mt. Kouroun-Hattin) (mercredi des Cendres et vendredi suivant). Entrant à Capernaüm, il guérit le serviteur du Centurion (jeudi après Cen.) puis ressuscita le fils d'une veuve à Naïn (Ev. jeudi 4a Sem.). Puis il évangélisa de nouveau la Galilée et se rendit immédiatement à Bethsaïda-Julias, dans les domaines de Philippe. Dans les environs de cette ville, il multipliait les pains (4e dimanche), puis il marchait sur les eaux du lac, en rentrant à Capharnaüm (samedi après le dîner).

 Troisième année: Jésus parcourt ensuite les régions de Tyr et de Sidon, où ses ennemis le suivent (mercredi 5ème semestre); Il entendit la supplication de la femme cananéenne alors qu'il passait par Sarepta (jeudi 1er S.) et, revenant par Césarée de Philippe, il retourna en Galilée, où eut ensuite lieu la Transfiguration (samedi Sec. et 2e Soleil.) De retour à Capharnaüm, il prêcha la miséricorde à ses apôtres (Mart. 3a S.) et monta aussitôt à Jérusalem à la Fête des Tabernacles, pour ne jamais revenir en Galilée. Là, il confondit les Juifs qui l'accusaient d'avoir enfreint le sabbat (Mart. 4a Sat.), pardonna à la femme adultère (Sagesse 3e Sat.), enseigna dans le Temple (Sagesse 4a Sat. Lun. 2e Sat.) et guérit les Juifs. homme aveugle de naissance (mer. 4a S.). Après que Jésus fut en Galilée, il se rendit en Pérée, où il rendit la parole à un muet (dimanche 3) et montra Jonas comme image de sa résurrection (mercredi 1er siècle). De là, il vint à Jérusalem pour la fête de la Dédicace, puis revint en Pérée où il prêcha la parabole du fils prodigue (Sat. 2a S.) et du riche épulon (Jud. 2a S.). Puis il fut appelé à Béthanie, où il éleva Lazare (Vi. 4a S.). Après être parti pour Ephrem, il se rendit à Jérusalem, annonçant comment il allait être condamné à mort (mercredi 2e siècle). Dans le Temple, il expulsa une nouvelle fois les vendeurs (Mart. 1er s.), prononça la parabole des vignerons rebelles (vendredi 2e s.) et démasqua l'hypocrisie des pharisiens (Mart. 2e s.). Finalement, il gravit le Mont des Oliviers et, regardant Jérusalem où on devait le crucifier trois jours plus tard, il parla du Jugement qui séparera à jamais les bons des mauvais (Lun. 4a S.).

3. — Exposition liturgique.

Le Carême est divisé en deux parties. Le 1er commence le mercredi des Cendres, appelé par la liturgie «Début du Très Saint Carême», pour se terminer le dimanche de la Passion. La 2ème comprend la grande quinzaine qui porte le nom de Temps de Passion. En faisant abstraction des quatre dimanches du Carême et de ceux de la Passion et des Rameaux, nous n'avons que 36 jours de jeûne, auxquels ont été ajoutés les quatre précédents pour obtenir le nombre exact de 40" que la Loi et les Prophètes avaient inauguré, et que le Christ lui-même consacré par son exemple.

SAISONS DE CARÈME. —Toutes les messes de Carême ont leur Station. Le Pape a en effet célébré successivement la messe solennelle dans les grandes basiliques, dans les 25 paroisses de Rome et dans quelques autres sanctuaires, entouré de son clergé et de son peuple. Cela s’appelait Station. Le nom qui subsiste encore dans le Missel nous rappelle que Rome est le centre du culte chrétien, mais ce n'est que la trace d'une liturgie plus de douze fois laïque et à d'autres moments si solennelle. Le Carême, avec la messe saisonnière quotidienne, est l'une des périodes liturgiques les plus anciennes et les plus importantes de l'année. Le Cycle temporel dédié à la contemplation des mystères du Christ exerce désormais une influence quotidienne et directe sur les fidèles, tandis qu'à d'autres moments de l'année, les fêtes en milieu de semaine s'apparentent davantage à des fêtes de Saint. Et puisque toute la vie chrétienne se résume dans l’imitation de Jésus, ce Temps, où le Cycle des Saints est plus court, doit être particulièrement fécond pour nos âmes.      

L'Église a admis, en raison de son importance exceptionnelle, la fête de l'Annonciation (25 mars) puis celle de saint Matthias (24 février) dans la liturgie du Carême. Et même si, au fil du temps, d'autres messes se sont ajoutées en l'honneur des Saints, cela est néanmoins tout à fait conforme à l'esprit de cette époque, comme le rappelait Pie X dans sa Bulle "Divine afflatu", de préférer, belle messe, pas dans le cas d'un double de 1ère ou 2ème classe ; Eh bien, pendant tout le Carême, la messe officielle des chapitres est celle de la foire (en violet), sauf pour ces fêtes, et même ces mêmes jours (Annonciation, S. José et S. Matías), une messe de la foire à les cathédrales et les collégiales, afin de ne pas interrompre pour quoi que ce soit la préparation pascale.

Afin d'inculquer l'esprit de pénitence, l'Église non seulement supprime le Gloria et l'Alleluia et habille ses prêtres d'ornements pourpres pendant cette sainte Quarantaine, mais ordonne également au diacre de laisser sa dalmatique et au sous-diacre sa tunique, symboles des deux. de joie, et impose le silence à l'Orgue. Après la post-communion, une prière est dite sur le peuple, précédée de cet avertissement: "Humiliez vos têtes devant Dieu".

La société chrétienne suspendait autrefois les tribunaux et les guerres pendant cette période, déclarant la Trêve de Dieu. C'était aussi une période interdite pour les mariages, et aujourd'hui encore, l'Église interdit de donner la bénédiction solennelle aux époux pendant le Carême.

 

  

THE MYSTERY OF THE REDEMPTION.



II. —Lent season.

 1. — Dogmatic exposition.

The time of Septuagesima has reminded us how fallen man must associate himself, through the spirit of penitence, with the redemptive work of the Messiah. Well, this Lent, through fasting and other penitential practices, we are going to incorporate it in an even more perfect way. Our rebellious soul against God has become a slave to the devil, the world and the flesh. And precisely, throughout this holy time the Church shows us Jesus already in the desert (Dom. I of Quar.), already in the midst of hazards. of his public life, fighting to free us from the triple bondage of pride, greed and lust, which enslave us creatures. When by her doctrine and her pain she has redeemed us from captivity and restored the freedom of children of God, she will give us, in the Easter celebrations, the divine life, which we had lost. Hence the Lenten liturgy, steeped as it is in the teachings of the Master and in the spirit of penance of the Redeemer, served in other times for the formation of catechumens and to move to compunction the public penitents who aspired to be resurrected with Jesus on Holy Saturday, through the reception of the Sacrament of Baptism, or that of Penance. These are the two thoughts that the Church will develop during the entire Lent, showing us in the person of the unfaithful Jews to the sinners, who cannot return to God except by associating themselves with the fasting of Jesus (Evang. of the 1st Dom.); and in that of the Gentiles, called in their place, the effects of the Sacrament of regeneration (Ev. of the 2nd and 3rd dom.) and of the Eucharist in our souls (Ev. of the dom.).

In the Divine Office the readings from the Old Testament continue. On the 1st Sunday of Lent, the figure of Isaac is eclipsed by the thought of Jesus in the desert. In the last week of Lent the liturgy reads the story of Jacob, a figure of Christ and his Church, which is always protected and favored by God as that holy patriarch. It is Joseph in the readings of the Breviary of the 3rd week, and in him we see a figure of Christ and the Church, who have always returned good for evil, and shine with unusual brilliance for their immaculate life. Finally, the 4th week is consecrated to Moses, who freed the people of God, later introducing them to the promised land, and figure in this what the Church and Jesus Christ do with souls at Easter.

We see, then, how "God explains with the light of the New Testament the miracles of primitive times" (Orac. del Sat. S.). Thus, meditating on the parallel pages of both Testaments, we will prepare to celebrate with the Church the holy paschal mysteries, since those sacred pages give us a complete understanding of divine mercy, which knows no limits. The Lenten liturgy also exhorts us through the mouths of Isaiah, Jeremiah and the Prophets; and in the New Testament, by that of St. Paul, whose Epistles become like the echo of the voice of the Master, which is heard in the Gospels of those four Sundays. We can well consider all this time as a great spiritual retreat, into which all Christians from the entire world enter, to prepare for the Easter feast, and which ends with Easter Confession and Communion. Just as Jesus, withdrawing from the hustle and bustle of the world, prayed and fasted for 40 days, and then in his vice of apostolate taught us how we should die to ourselves, so also the Church, in this holy Quarantine, preaches to us how we should die in we the man of sin.

That death will manifest itself in our soul through the fight against pride and self-love, through the spirit of prayer and the most assiduous meditation on the divine word. It will also manifest itself in our body through fasting, abstinence and mortification of the senses. It will finally appear in our entire life through a greater renunciation of the pleasures and goods of the century, giving more alms and abstaining from taking part in worldly festivals. Because, in effect, Lenten fasting should be nothing more than the expression of the feelings of penitence that our soul is filled with, occupying itself all the more freely with the things of God the more it curtails the gift of the senses. Thus, this favorable time like no other, is for generous hearts a source of holy joy, which transpires through every pore of the Lenten liturgy.

This work of purification is carried out under the direction of the Church, which unites our sufferings with those of Christ. Cowards can also enter the fray with effort, trusting in the grace of Jesus, which must not be lacking, if they implore divine help against the enemy; and the strong do not become proud of their observance, because they must know that only the Passion of Jesus is what saves them, and only "by participating in it through patience are its fruits of health applied to them."

«The observance of Lent, says Pope Benedict XIV, is the girdle of our militia, and by it we distinguish ourselves from the enemies of the Cross of Christ; through it we ward off the hurricanes of divine wrath; Through it we are protected with heavenly help during the day, and we arm ourselves against the princes of darkness. If this observance were to relax, it would diminish the glory of God, discredit the Catholic religion, it would be a danger for Christian souls, and there is no doubt that such lukewarmness would become a source of misfortunes for people, of disasters. in public affairs, and of misfortunes for the same individuals.

2. — Historical exhibition

The Lenten liturgy makes us follow Jesus in all the adventures of his apostolic ministry.

First year: Jesus first spent 40 days in the desert on the Mount of Quarantine, northeast of Bethany (1st Sunday). Then he surrounded himself with his first disciples and went up with them to Galilee, from where he returned to Jerusalem to celebrate the Passover festival there, then expelling the sellers from the Temple (Mon. of the 4th Week). After having evangelized Judea for several months, he went to Shechem, where he converted the Samaritan woman (Friday 3rd Sem.), from where he went to Nazareth, preaching in his synagogue (Monday 3rd Sem.). From there, finally, he headed to Capernaum, then traveling throughout Galilee (Thursday 3A Sem.). Second year: Jesus returned again to Jerusalem for the 2nd Passover, and there he healed the paralytic at the pool of Bethsaida (Gospel. Friday 1st Week). Back in Galilee, he preached the Sermon on the Mount (Mt. Kouroun-Hattin) (Ash Wednesday and next Friday). Entering Capernaum, he healed the servant of the Centurion (Thursday after Cen.) And then he resurrected the son of a widow in Nain (Ev. Thursday 4a Sem.). He then evangelized Galilee again, and went immediately to Bethsaida-Julias, in the dominions of Philip. In the vicinity of that city he multiplied the loaves (4th Sunday), and then walked on the waters of the lake, when he returned to Capernaum (Saturday after dinner).

Third year: Jesus then toured the regions of Tire and Sidon, where his enemies followed him (Wed. 5th Sem.); He heard the plea of ​​the Canaanite woman when he was passing by Zarephath (Thurs. 1st S.) and, returning through Caesarea Philippi, he returned to Galilee, then the Transfiguration took place (Sab. Sec. and 2nd Sun.). Back in Capernaum, he preached mercy to his apostles (Mart. 3a S.) and immediately went up to Jerusalem to the Feast of Tabernacles, never to return to Galilee. There he confounded the Jews who accused him of breaking the Sabbath (Mart. 4a Sat.), forgave the adulterous woman (Wisdom 3rd Sat.), taught in the Temple (Wisdom 4a Sat. Mon. 2nd Sat.) and He cured the man blind from birth (Wed. 4a S.). After Jesus was in Galilee he went to Perea, where he restored speech to a mute (Sun. 3°) and showed Jonah as an image of his resurrection (Wed. 1st S.). From there he came to Jerusalem for the Feast of the Dedication, and then returned to Perea where he preached the parable of the prodigal son (Sat. 2a S.) and of the rich epulon (Jud. 2a S.). He was then called to Bethany, where he raised Lazarus (Vi. 4a S.). After leaving for Ephrem he headed to Jerusalem, announcing how he was going to be sentenced to death (Wed. 2nd St.). In the Temple he again threw out the sellers (Mart. 1st S.), pronounced the parable of the rebellious vinedressers (Fri. 2nd S.) and exposed the hypocrisy of the Pharisees (Mart. 2nd S.). Finally, he climbed Mount Olivet and, looking at Jerusalem where they were to crucify him three days later, he spoke of the Judgment that will forever separate the good from the bad (Mon. 4a S.).

3. — Liturgical exposition.

The Lenten Season is divided into two parts. The 1st begins on Ash Wednesday, called by the liturgy "Beginning of the Most Holy Lent", to end on Passion Sunday. The 2nd includes the great fortnight that bears the name of Time of Passion. Discounting the four Sundays of Lent and those of Passion and Palms, we have only 36 days of fasting, to which the preceding four have been added to obtain the exact number of 40" that the Law and the Prophets had inaugurated, and that Christ himself consecrated by his example.

LENT SEASONS. —All Lenten masses have their Station. The Pope, in fact, celebrated solemn mass successively in the great basilicas, in the 25 parishes of Rome and in some other sanctuaries, surrounded by his clergy and his people. That was called Station. The name that still remains in the Missal reminds us that Rome is the center of Christian worship, but that is only the trace of a liturgy that is more than twelve times secular and at other times so solemn. Lent, with daily seasonal Mass, is one of the oldest and most important liturgical times of the year. The Temporal Cycle dedicated to the contemplation of the mysteries of Christ now exerts a daily and direct influence on the faithful, while, at other times of the year, the midweek festivals are more like Saints' Days. And since the entire Christian life is summed up in the imitation of Jesus, this Time, in which the Saints Cycle is shorter, must be especially fruitful for our souls.      

The Church has admitted, due to its exceptional importance, the feast of the Annunciation (March 25) then that of St. Matthias (February 24) in the Lenten liturgy. And although, in the course of time, other masses have been added in honor of the Saints, it is nevertheless completely in accordance with the spirit of this era, as Pius X reminded us in his Bull "Divine afflatu", to prefer, the fair mass, not in the case of a 1st or 2nd class double; Well, throughout Lent the official mass of the chapters is that of the fair (with purple), except for these festivals, and even on these same days (Annunciation, S. José, and S. Matías), a mass of the fair in the cathedrals and collegiate churches, so as not to interrupt the Easter preparation for anything.

In order to instill the spirit of penitence, the Church not only suppresses the Gloria and the Alleluia and clothes its priests with purple ornaments during this holy Quarantine, but also orders the deacon to leave his dalmatic and the subdeacon his tunic, symbols of both. of joy, and imposes silence on the Organ. After the Post-Communion a Prayer is said over the people" preceded by this warning: "Humble your heads before God."

Christian society formerly suspended courts of justice and wars during this time, declaring the Truce of God. It was also a prohibited time for weddings, and even today the Church prohibits giving the solemn blessing to spouses during Lent.

 

 

  

EL MISTERIO DE LA REDENCIÓN.

 


II. — Tiempo de Cuaresma.

1. — Exposición dogmática.

El tiempo de Septuagésima nos ha recordado cómo debe el hombre caído asociarse, por el espíritu de penitencia, a la obra redentora del Mesías. Pues en esta Cuaresma, mediante el ayuno y demás prácticas penitenciales, vamos a incorporamos a ella de un modo todavía, más perfecto. Nuestra alma rebelde a Dios se ha hecho esclava del demonio, del mundo y de la carne. Y precisamente, en todo este santo tiempo nos muestra la Iglesia a Jesús ya en el desierto (Dom. I de Cuar.), ya en medio de los azares. de su vida pública, combatiendo para libramos de la triple atadura del orgullo, de la avaricia y de la lujuria, que nos esclavizan a las criaturas. Cuando por su doctrina y sus dolores nos haya redimido del cautiverio y restituido la libertad de hijos de Dios, nos dará, en las fiestas Pascuales, la vida divina, que habíamos perdido. De ahí que la liturgia cuaresmal, embebida como está en las enseñanzas del Maestro y en el espíritu dé penitencia del Redentor, sirviera en otro tiempo para la formación de los catecúmenos» y para mover a compunción a los públicos penitentes» que aspiraban a resucitar con Jesús el Sábado Santo, mediante la recepción del Sacramento del Bautismo, o el de la Penitencia. Esos son los dos pensamientos que la Iglesia irá desarrollando durante la Cuaresma entera, mostrándonos en la persona de los judíos infieles a los pecadores, que no pueden volver a Dios sino asociándose al ayuno de Jesús (Evang. del 1er Dom.); y en la de los Gentiles, llamados en su lugar, los efectos del Sacramento de la regeneración (Ev. del 2° y 3er dom.) y de la Eucaristía en nuestras almas (Ev. del dom.).

En el Oficio divino prosiguen las lecturas del Antiguo Testamento. En el 1er Domingo de Cuaresma, la figura de Isaac se halla eclipsada por el pensamiento de Jesús en el desierto. En la última semana de Cuaresma la liturgia lee la historia de Jacob, figura de Cristo y de su Iglesia, la cual es siempre protegida y favorecida por Dios como aquel santo patriarca. Trátese de José en las lecturas del Breviario de la 3a semana, y en él se ve una figura de Cristo y de la Iglesia, los cuales han devuelto siempre el bien por el mal, y brillan con desusados fulgores por su inmaculada vida. Por fin, la 4a semana está consagrada a Moisés, el cual libertó al pueblo de Dios, introduciéndolo después en la tierra prometida, y figurando en esto lo que la Iglesia y Jesucristo hacen con las almas por Pascua.

Vemos, pues, cómo «Dios explica con la luz del Nuevo Testamento los milagros de los tiempos primitivos» (Orac. del Sáb. S.). Así, meditando las páginas paralelas de entrambos Testamentos, nos dispondremos a celebrar con la Iglesia los santos misterios pascuales, ya que aquellas sagradas páginas nos dan cumplida inteligencia de la misericordia divina, que no conoce límites. La liturgia Cuaresmal nos exhorta también por boca de Isaías, de Jeremías y de los Profetas; y en el Nuevo Testamento, por la de S. Pablo, cuyas Epístolas vienen a ser como el eco de la voz del Maestro, que se oye en los Evangelios de esos cuatro Domingos. Bien podemos considerar todo este tiempo como un gran retiro espiritual, en que entran todos los cristianos del mundo entero, para disponerse a la fiesta Pascual, y que termina por la Confesión y Comunión pascuales. Así como Jesús, retirándose del tráfago del mundo, oró y ayunó durante 40 días, y luego en su vicia de apostolado nos enseñó cómo hemos de morir a nosotros mismos, así también la Iglesia, en esta santa Cuarentena, nos predica cómo debe morir en nosotros el hombre de pecado.

Esa muerte se manifestará en nuestra alma por la lucha contra el orgullo y el amor propio, por el espíritu de oración y la meditación más asidua de la palabra divina. Se manifestará también en nuestro cuerpo por el ayuno, la abstinencia y la mortificación de los sentidos. Aparecerá por fin, en toda nuestra vida mediante una renuncia mayor a los placeres y bienes del siglo, dando más limosna y absteniéndonos de alternar en las fiestas mundanales. Porque, en efecto, el ayuno cuaresmal no debe ser sino la expresión de los sentimientos de penitencia, de que nuestra alma está embargada, ocupándose tanto más libremente de las cosas de Dios cuanto más cercena el regalo de los sentidos. Así, este tiempo favorable cual ningún otro, es para los corazones generosos venero de santa alegría, la cual traspira por todos los poros de la liturgia Cuaresmal.

Esa labor de purificación se obra bajo la dirección de la Iglesia, que une nuestros padecimientos con los de Cristo. Los cobardes pueden también entrar con esfuerzo en la lid, fiados en la gracia de Jesús, que no les ha de faltar, si imploran los divinos auxilios contra el enemigo; y los fuertes no se engrían por su observancia, porque deben saber que sólo la Pasión de Jesús es la que les salva, y sólo «participando en ella por la paciencia se les aplican sus frutos de salud»

«La observancia de Cuaresma, dice el papa Benedicto XIV, es el cíngulo de nuestra milicia, y por ella nos distinguimos de los enemigos de la Cruz de Cristo; por ella conjuramos los huracanes de las iras divinas; por ella somos protegidos con los auxilios celestiales durante el día, y nos armamos contra los príncipes de las tinieblas. Si esa observancia viniera a relajarse, cedería en merma de la gloria de Dios, en desdoro de la religión católica, sería un peligro para las almas cristianas, y no cabe duda que semejante entibiamiento se convertiría en fuente de desgracias para los pueblos, de desastres en los negocios públicos, y de infortunios para los mismos individuos».

2. — Exposición histórica

La liturgia Cuaresmal nos hace seguir a Jesús en todas las andanzas de su apostólico ministerio.

Primer año: Jesús pasó primero 40 días en el desierto en el monte de la Cuarentena, al Nor Este de Betania (1er dom.). Luego se rodeó de sus primeros discípulos y subió con ellos a Galilea, de donde volvió a Jerusalén para celebrar allí la la fiesta de la Pascua, arrojando entonces a los vendedores del Templo (lun. de la 4ta Semana). Después de haber evangelizado la Judea durante varios meses, se fue a Siquén, donde convirtió a la Samaritana (viernes 3ra Sem.), de donde pasó a Nazaret, predicando en su sinagoga (lunes 3ra Sem.). De allí, por fin, se encaminó a Cafarnaúm, recorriendo después toda la Galilea (jueves 3A Sem.). Segundo año: Jesús volvió de nuevo a Jerusalén para la 2a Pascua, y allí curó al paralitico de la piscina de Betsaida (Evang. Viernes 1ra Sem.). De nuevo en Galilea, predicó el Sermón de la Montaña (Mte. Kouroun-Hattin) (Miérc. Ceniza y Viernes sig.). Entrando en Cafarnaúm, sanó al siervo del Centurión (jueves desp. Cen.) y luego resucitó en Naín al hijo de una viuda (Ev. Jueves 4a Sem.). Entonces evangelizó de nuevo la Galilea, y se fue inmediatamente a Betsaida-Julias, en los dominios de Filipo. En las cercanías de esa ciudad multiplico los panes (4to. Dom ), y luego anduvo sobre la aguas del lago, cuando regresaba a Cafarnaúm (sábado desp, de cen.)

Tercer año: Jesús recorrió por entonces las regiones de Tiro y de Sidón, a donde le siguieron sus enemigos (miérc. 5ta Sem.); oyó la súplica de la Cananea cuando pasaba por junto a Sarepta (juev. 1ra. S.) y, volviendo por Cesárea de Filipo, regresó a Galilea, teniendo entonces lugar la Transfiguración (Sab. Seg. y 2o Dom.). De vuelta en Cafarnaúm, predicó la misericordia a sus apóstoles (Mart. 3a S.) y en seguida subió a Jerusalén a la fiesta de los Tabernáculos, para no volver más a Galilea. Allí confundió a los judíos que le acusaron de quebrantar el sábado (Mart. 4a S.), perdonó a la mujer adúltera (Sab. 3a S.), enseñó en el Templo (Sab. 4a S. Lun. 2a S.) y curó al ciego de nacimiento (miérc. 4a S.). Después de estar Jesús en Galilea pasó a Perea, donde devolvió el habla a un mudo (dom. 3°) y mostró a Jonás como una imagen de su resurrección (miérc. 1ra. S.). De allí vino a Jerusalén para la fiesta de la Dedicación, y luego volvió a Perea donde predicó la parábola del hijo pródigo (Sáb. 2a S.) y del rico epulón (Ju. 2a S.). Entonces fue llamado a Betania, donde resucitó a Lázaro (Vi. 4a S.). Después de irse a Efrén se dirigió a Jerusalén, anunciando cómo iba a ser condenado a muerte (miérc. 2a S.). En el Templo arrojó otra vez a los vendedores (Mart. 1ra. S.), pronunció la parábola de los viñadores rebeldes (Vier. 2a S.) y desenmascaró la hipocresía de los fariseos (Mart. 2a S.). Por fin, subió al monte Olivete y, mirando a Jerusalén en donde habían de crucificarle tres días después, habló del Juicio que separará para siempre a los buenos de los malos (Lun. 4a S.).

3. — Exposición litúrgica.

El Tiempo de Cuaresma se divide en dos partes. La 1ra empieza el Miércoles de Ceniza, llamado por la liturgia «Principio de la santísima Cuaresma», para terminar el Domingo de Pasión. La 2a comprende la gran quincena que lleva el nombre de Tiempo de Pasión. Descontando los cuatro Domingos de Cuaresma y los de Pasión y Ramos, tenemos sólo 36 días de ayuno, a los cuales se han añadido los cuatro que preceden para obtener así el número exacto de 40» que la Ley y los Profetas habían inaugurado, y que Cristo mismo consagró con su ejemplo.

ESTACIONES CUARESMALES. — Todas las misas de Cuaresma tienen su Estación. El Papa, en efecto, celebraba la misa solemne sucesivamente en las grandes basílicas, en las 25 parroquias de Roma y en algunos santuarios más, rodeado de su clero y su pueblo. A eso se llamaba Estación. El nombre que aún perdura en el Misal, nos recuerda que Roma es el centro del culto cristiano, pero eso ya es sólo el rastro de una liturgia más de doce veces secular y en otros tiempos tan solemne. La Cuaresma, con misa estacional diaria, es uno de los tiempos litúrgicos más antiguos y más importantes del año. El Ciclo Temporal consagrado a la contemplación de los misterios de Cristo, ejerce ahora cotidiano y directo influjo sobre los fieles, mientras que, en las demás épocas del año, las fiestas de entre semana son más bien fiestas dé Santos. Y como quiera que toda la vida cristiana se resume en la imitación de Jesús, este Tiempo, en que el Ciclo santoral es más reducido, ha de ser especialmente fecundo para nuestras almas.       

La Iglesia ha admitido, por su excepcional importancia, la fiesta de la Anunciación (25 marzo) después la de S. Matías (24 de febrero) en la liturgia cuaresmal. Y aunque, en el curso de los tiempos, háyanse añadido otras misas en honor de los Santos, sin embargo es del todo conforme al espíritu de esta época, como, nos lo recordaba Pío X en su Bula « Divino afflatu ”, preferir, la misa ferial, no tratándose de un doblé de 1ra o de 2a clase; pues durante, toda la Cuaresma la misa oficial de los cabildos es la de la feria (con morado), exceptuándose estas fiestas, y aun en estos mismos días (Anunciación, S. José, y S. Matías), se celebra una misa de la feria en las catedrales y colegiatas, para no interrumpir por nada la preparación pascual.

Con. el fin de inculcar el espíritu de penitencia, la Iglesia no sólo suprime el Gloria y el Aleluya y reviste a sus sacerdotes de ornamentos morados durante esta santa Cuarentena, sino que manda dejar al diácono su dalmática y al subdiácono su túnica, símbolos entrambos de alegría, e impone silencio al Órgano. Después de la Poscomunión se dice una Oración sobre el pueblo» precedida de este aviso: «Humillad vuestras cabezas delante de Dios”

La sociedad cristiana suspendía antiguamente durante este tiempo los tribunales de justicia y las guerras, declarándose la Tregua de Dios. Era también un tiempo prohibido para las bodas, y aun hoy día prohíbe la Iglesia dar en Cuaresma la bendición solemne a los esposos.

 

 

lunes, 12 de febrero de 2024

LOURDES FONTE DE MILAGRES INFINITOS.


Nesta urna está o coração incorrupto de Santa Bernadete.

SEXTA APARIÇÃO (CONTINUAÇÃO)

O interrogatório tornou-se cada vez mais duro com o passar do tempo e todas as respostas de Bernadette foram calmas, mas firmes e coerentes. Não consegui pegá-la em contradição: “Você disse que o cabelo dela caiu nas costas - Não, eu disse... Senhor, você muda tudo.” “Eu sei quem te mandou falar isso, confesse.” ... Eu estava tão nervoso que não consegui colocar a caneta no tinteiro. Mas quando ela, sem vacilar, reafirmou a intenção de voltar à gruta, o comissário já gritou: “Então vou chamar os guardas, preparem-se para ir para a cadeia!”

Miss Estrade declararia mais tarde: “Nada me comoveu tanto em minha vida quanto a atitude de Bernadette para com o comissário”.

Uma multidão protestou na rua e bateu à porta de Jacomet exigindo a liberdade da menina. Felizmente para ele, seu pai apareceu. Não foi difícil para ela intimidá-lo e conseguiu a promessa dele de não deixá-la voltar, nem de receber pessoas.

Jacomet, o funcionário honesto, cometeu um erro imperdoável ao deixar-se levar por uma deformação profissional: ver como criminosos todos os que interrogava; faltava-lhe o espírito religioso que admitisse a possibilidade do sobrenatural. Após interrogatório, Estrade julgou que se tratava de fantasias de menina. Jacomet respondeu: “Não passa de uma intriga de devotos hipócritas”.

Ele, o prefeito e o chefe dos gendarmes ordenaram aos seus respectivos agentes que monitorassem de perto a gruta e Bernadette. À noite, ela rezou o terço com a família chorando. Eu não poderia voltar?

SÉTIMA APARIÇÃO

(Terça-feira, 23 de fevereiro): Na segunda-feira, dia 22, os Soubirous nem deixaram a filha ir à missa e a mãe a acompanhou à escola. Mas à tarde Bernadette disse: “Não consigo mexer as pernas a não ser para ir a Massabielle” e foi; embora não sozinho, como eu queria. Os gendarmes tinham ordens de vigiá-la e acompanhavam-na, um de cada lado, não sem exclamar: “Isso no século XIX! XIX queremos que acreditem nessas superstições! A notícia se espalhou e um grande número de pessoas se reuniu, inclusive as tias Basília e Lucila. A gruta, o rosário, a vela acesa..., mas faltava a aparição. Bernadete voltou cheia de tristeza: “O que foi que fiz de errado?” Suas tias, sua mãe, insistiram para que ele não voltasse. O ridículo foi ótimo. O irreverente comenta: “A Senhora da Gruta tem medo dos gendarmes”. "As aparições acabaram."

Não perceberam que, se fosse uma alucinação ou uma fraude, a aparição não teria desaparecido. Além disso, a Virgem pediu-lhe que fosse 15 dias, mas não disse que apareceria todos os dias. Para Bernadette foi uma purificação, e talvez um ensinamento, já que ela vinha desobedecendo aos pais.

No entanto, a decepção de Bernadete teve um efeito inesperado: seus pais retiraram a proibição de seu retorno à gruta. Talvez tenham ficado impressionados com as palavras do Rev. Pomian com quem Bernadette voltou a confessar naquela tarde: “Ninguém tem o direito de impedir isso”.

Logo a notícia se espalha. Amanhã o médium irá à gruta, mas mesmo à noite Manolita Estrade e outros amigos não podem ir sozinhos nesse horário. O irmão complacente recusa-se a acompanhá-los; ¡O que eles iriam dizer no círculo! Aproximava-se da casa do padre, não queria saber de nada das aparições, elogiava a sua recusa em ir e seria justificado perante a irmã e os amigos dela. A reação do padre não foi menos inesperada que a do casal Soubirous: “Nossa, nossa. Gostaria que um homem sério como você fosse ver o que está acontecendo lá.

No dia seguinte, terça-feira, dia 23, antes das 6 horas, uma centena de pessoas já estavam reunidas na gruta. Vários senhores de Lourdes, todos incrédulos, todos tentando justificar a sua vinda, juntos verificam a gruta: alguma fresta por onde a luz pode penetrar...

Um murmúrio anuncia a chegada de Bernadette. O rosário começou. Estrade, o cobrador de impostos, que não parava de fazer rir a irmã e os amigos com suas "piadas bobas e vulgares", como ele mesmo as definiu mais tarde, é o melhor narrador da cena. De repente, no final do primeiro mistério, como se tivesse sido atingida por um raio, ela sentiu um arrepio de admiração. Ela se transformou: ¡seus olhos brilharam, um sorriso de anjo apareceu em seus lábios, uma graça indefinível se espalhou sobre ela, ¡ela parecia diferente! Os homens, subjugados, tiraram os chapéus e ajoelharam-se como as mulheres da cidade. Ninguém vinha com ninguém, mas Bernadette conversava, às vezes cheia de alegria, outras vezes, quando pedia, gritava para os espectadores, rezando e rezando: “Se eu fiz isso no céu, nunca mais farei”. ". A melhor atriz do mundo seria incapaz de repetir tal cena. O êxtase durou uma hora, que pareceu curta para quem o contemplou. Quase no final, Bernadette foi de joelhos até a roseira brava, levantou-se e beijou o chão. A aparição pediu-lhe estes atos de humildade. Naquele dia ele lhe contou um dos três segredos pessoais, que, junto com a oração só para ela, ele nunca revelará; Por alguns indícios suspeita-se que tratassem da sua vocação religiosa e que morreria jovem.

Quando ele terminou, ele gentilmente voltou a si e desapareceu na multidão. Os “intelectuais” de Lourdes, que estiveram presentes, retiraram-se confusos, silenciosos, então não conseguiram reprimir a emoção: “É prodigioso..., sublime..., divino...” Estrade confessa que sentir a presença de a Rainha dos Céus e que ela teria permitido que ele estivesse com Ela, levou-o ao delírio.

Dois testemunhos femininos também não têm preço. Durante o êxtase, Eleonora Pérard (quem diria que essa safada seria Filha da Caridade no ano que vem?) enfiou um alfinete grande, de cabeça preta, no ombro de Bernadete, que nem percebeu. A senhorita Estrade, por sua vez, notou que a vela escorregou um pouco da mão da vidente até chegar ao chão, de modo que seu dedo indicador permaneceu muito tempo sobre a chama; devia estar carbonizado. Ele não se atreveu a tocar na vela e ficou surpreso por não reclamar. Depois teve muito interesse em voltar para casa, onde verificou que a mão estava perfeitamente bem. Lá ele também viu que o menino que ele tantas vezes alimentou era irmão de Bernadette; E a partir desse dia, o pequeno Juan María, de 6 anos, fazia um lanche todos os dias dentro de sua casa.

Seria interminável contar todas as visitas e perguntas à médium, até esgotá-la, todos os comentários, as discussões; como os céticos estavam acreditando...

OITAVA APARIÇÃO

(Quarta-feira, 24 de fevereiro): Participam entre 400 e 500 pessoas. Antes de terminar o primeiro mistério, Bernadette cai em êxtase; É muito comovente: a certa altura ela chora e volta a si, levanta-se, chora, porque alguém, para vê-la melhor, afastou os ramos da roseira brava: "Quem tocou no espinheiro?" Depois ele vai várias vezes até o fundo da caverna. O rosto entristece-se e ilumina-se repetidamente; chorando, ele se volta para os que estão ao seu redor e repete as palavras da Virgem:

— Penitência, penitência, penitência!

A emoção toma conta de sua tia Lucila que grita; com isso a aparência cessa. Aí ele dirá a ela: “Tia, você não deveria voltar para mim”.

NONA APARIÇÃO

(Quinta-feira, 25 de fevereiro): Como no dia anterior, cerca de 400 pessoas, a maioria mulheres, algumas a partir das duas da manhã para conseguir um bom lugar. Está chovendo. Antes do amanhecer, Bernadette chega. As pessoas exigem que os guarda-chuvas sejam fechados e os chapéus removidos. Sem terminar o primeiro mistério, Bernadette cai em êxtase. Será um dia memorável: o dia da entrega da fonte milagrosa. A Virgem lhe diz:

—Vá beber na fonte e lave-se nela.

Ela vai de joelhos, entre o povo, até a gruta; Ali não encontra água, vai até o rio, mas a Virgem lhe diz que está no fundo da gruta. Ele só encontra o chão molhado, então ele cava, pega água três vezes com a mão, mas tem que jogar fora porque está muito sujo; Na quarta vez ele pode beber e lavar o rosto, que está todo manchado de lama. Então a Virgem lhe envia:

—Vai comer aquela grama aí.

É uma espécie de trevo (dorina ou crisoplenia) que cresce entre as rochas molhadas. Bernadette pega as folhas, mastiga e acaba cuspindo fora, porque são muito duras e amargas. Depois de se levantar, ele retorna ao seu lugar. Sua tia Bernarda enxuga seu rosto e lhe dá um tapa; Ela está indignada. Ela se ajoelha e depois de alguns momentos a visão desaparece.

As pessoas que apenas viram o modo de proceder de Bernadette não o compreendem. Os incrédulos e curiosos a consideram louca. Os seus próprios apoiantes e amigos ficam arrasados, repreendem-na, não conseguem acreditar que a Senhora lhe ordene fazer tal disparate. ¿Mas tudo já não é uma forma de penitência como ontem te perguntei?

Penitência maior no dia seguinte. Ele foi, eram pelo menos 500 pessoas, rezou, beijou o chão,... e a Virgem não apareceu. Ele voltou chorando.

No entanto, a nova fonte atrai cada vez mais atenção, embora ainda seja pequena. Já na quinta-feira, duas pessoas tiveram a ideia de encher alguns jarros com água. Desde sexta-feira, cada vez mais pessoas vão procurar essa água.

DÉCIMA APARIÇÃO

 (Sábado, 27 de fevereiro): Noite de vento frio. Às três já tem gente na caverna. Alguns foram para uma de suas casas distantes. Durante toda a noite você pode ouvir o som de tamancos nas ruas de Lourdes. Os seis lugares de pessoas formam uma massa compacta, não 6 por metro quadrado, mas 10 e 12, nota o diretor da Escola Superior. Às seis e meia Bernadette chega, não é fácil abrir caminho para ela. Ele fica de joelhos e entra em êxtase. A Virgem lhe diz: —Vá beijar a terra em penitência pelos pecadores.

De joelhos ele vai até o fundo da gruta, beijando o chão com frequência. Bebeu da fonte com a mão e lavou-se um pouco.

 DÉCIMA PRIMEIRA APARIÇÃO

(Domingo, 28 de fevereiro): Chove a noite toda e o frio é intenso. Apesar de tudo, mais de 1.100 pessoas estão há horas na gruta à espera de Bernadete. No êxtase de hoje, várias vezes, seguindo as instruções da Virgem, ele vai e volta de joelhos ao fundo da gruta, beijando repetidamente o chão. Um segurança impressionado gritou: “Que todos beijem o chão!” As pessoas tentam fazer isso, mas devido à pressão não é possível para muitos.

O povo espera algo extraordinário – talvez um grande milagre, ou um castigo – na quinta-feira, dia 4, a última das quinze que Bernadete deverá ir à gruta. As autoridades estão preocupadas. Nesse dia, porque há mercado, uma multidão se reunirá em Lourdes e Massabielle. ¿O que fazer depois de seus repetidos fracassos em impedir a menina de ir à gruta? O promotor imperial, Dutour, faz com que ela seja interrogada por Rives, o juiz de instrução. Um oficial de justiça vai procurá-la depois da missa. Ele a impede. A irmã dele chora, esse é o primeiro passo para a prisão; mas ela ri. "Segure-me com força, senão vou fugir." O juiz está sentado à sua mesa e ordena que Bernadette o faça, o comissário Jacomet caminha e o oficial de justiça permanece de pé, que será o narrador da cena.

—Seu malandro, ¿por que você vai até a gruta e incomoda tanta gente? ¿Quem manda você fazer isso? Nós vamos trancar você na prisão.

-Estou preparada. Tranque-me, mas faça-o forte e bem fechado; Se não, eu escaparei.

Ele não achou graça.

—Você tem que parar de ir à gruta.

—Não vou parar de ir.

O xerife fica surpreso com sua calma. "Ela tem que ser inspirada ou será uma santa." Nesse momento a situação foi salva pelo superior do hospital, que chegou chorando e dizendo:

— Rogo aos senhores que deixem a menina conosco. Não

 

  

LOURDES SOURCE DE MIRACLES SANS FIN.

Dans cette urne se trouve le cœur incorrompu de sainte Bernadette.

SIXIÈME APPARENCE (SUITE)

L'interrogatoire est devenu de plus en plus dur au fil du temps et toutes les réponses de Bernadette ont été calmes, mais fermes et cohérentes. Je n'ai pas pu la surprendre en contradiction: "Tu as dit que ses cheveux lui tombaient dans le dos - Non, j'ai dit... Seigneur, tu changes tout." "Je sais qui t'a dit de dire ça, avoue." ... J'étais tellement nerveux que je n'arrivais pas à mettre mon stylo dans l'encrier. Mais alors qu'elle réaffirmait sans broncher son intention de retourner à la grotte, le commissaire criait déjà: "Alors je vais appeler les gardes, préparez-vous à aller en prison!"

Mlle Estrade dira plus tard: « Rien ne m'a autant ému dans ma vie que l'attitude de Bernadette envers le commissaire ».

Une foule a manifesté dans la rue et a frappé à la porte de Jacomet pour réclamer la liberté de la jeune fille. Heureusement pour lui, son père est alors arrivé. Il ne lui fut pas difficile de l'intimider et elle obtint sa promesse de ne pas la laisser revenir, ni de recevoir personne.

Jacomet, l'honnête fonctionnaire, a commis une erreur impardonnable en se laissant entraîner par une déformation professionnelle: considérer tous ceux qu'il interrogeait comme des criminels; il lui manquait l'esprit religieux qui admet la possibilité du surnaturel. Après interrogatoire, Estrade a jugé qu'il s'agissait de fantasmes de fille. Jacomet répondit: «Ce n'est qu'une intrigue de dévots hypocrites.»

Lui, le maire et le chef des gendarmes ont ordonné à leurs agents respectifs de surveiller de près la grotte et Bernadette. La nuit, elle priait le chapelet avec sa famille en pleurs. ¿Je ne pourrais pas revenir?

SEPTIÈME APPARITION

(Mardi 23 février): Lundi 22, les Soubirous n'ont même pas laissé leur fille aller à la messe, et sa mère l'a accompagnée à l'école. Mais dans l'après-midi Bernadette dit: "Je ne peux bouger mes jambes que pour aller à Massabielle" et elle partit; mais pas seul, comme je le voulais. Les gendarmes avaient ordre de la surveiller et l'accompagnèrent, un de chaque côté, non sans s’écrier: «Ça, au XIXème siècle! XIX on veut qu'on nous fasse croire à de telles superstitions! La nouvelle s'est répandue et un grand nombre de personnes se sont rassemblées, parmi lesquelles les tantes Basilia et Lucila. La grotte, le chapelet, le cierge allumé..., mais l'apparition manquait. Bernadette revient pleine de tristesse: "Qu'ai-je fait de mal?" Ses tantes, sa mère, ont insisté pour qu'il ne revienne pas. Le ridicule avait été grand. Les commentaires irrévérencieux: "La Dame de la Grotte a peur des gendarmes." "Les apparitions sont terminées."

Ils ne se rendaient pas compte que s'il s'agissait d'une hallucination ou d'une fraude, l'apparition n'aurait pas manqué. De plus, la Vierge lui avait demandé de partir 15 jours, mais elle n'avait pas dit qu'elle apparaîtrait tous les jours. Pour Bernadette, c'était une purification, et peut-être un enseignement, puisqu'elle avait désobéi à ses parents.

Cependant, la déception de Bernadette a un effet inattendu: ses parents levent l'interdiction qui lui était faite de retourner à la grotte. Peut-être ont-ils été impressionnés par les paroles du révérend Pomian à qui Bernadette a encore avoué cet après-midi-là: «Personne n'a le droit de l’empêcher».

Très vite, la nouvelle se répand. Demain, le médium ira à la grotte, mais même la nuit, Manolita Estrade et d'autres amis ne peuvent pas y aller seuls à ce moment-là. Leur frère complaisant refuse de les accompagner ; Qu'allaient-ils dire dans le cercle ! Il s'approchait de la maison du curé, il ne voulait rien savoir des apparitions, il vantait son refus d'y aller, et il se justifiait devant sa sœur et ses amis. La réaction du curé n'est pas moins inattendue que celle du couple Soubirous: «Wow, wow. J'aimerais qu'un homme sérieux comme toi aille voir ce qui se passe là-bas.

Le lendemain, mardi 23, avant 18 heures, une centaine de personnes étaient déjà rassemblées dans la grotte. Plusieurs messieurs de Lourdes, tous incrédules, tous essayant de justifier leur venue, vérifient ensemble la grotte: quelque fissure par où peut pénétrer la lumière...

Un murmure annonce l'arrivée de Bernadette. Le chapelet commença. Estrade, le percepteur des impôts, qui n'avait cessé de faire rire sa sœur et ses amis avec ses "blagues idiotes et vulgaires", comme il les définira lui-même plus tard, est le meilleur narrateur de la scène. Soudain, à la fin du premier mystère, comme frappée par la foudre, elle eut un frisson d'admiration. Elle était transformée: ses yeux s'illuminaient, un sourire d'ange apparaissait sur ses lèvres, une grâce indéfinissable s'étendait sur elle, elle semblait différente ! Les hommes, subjugués, ôtèrent leur chapeau et s'agenouillèrent comme les femmes du village. Personne ne voyait avec qui, mais Bernadette avait une conversation, parfois elle tremblait de joie, d'autres fois, lorsqu'elle suppliait, elle émussait les spectateurs jusqu'aux larmes, parfois elle priait et se signait: «S’ils le font au ciel, ils je ne le ferai pas autrement." manière". La meilleure actrice du monde serait incapable de répéter une telle scène. L'extase dura une heure, ce qui parut court à ceux qui la contemplaient. Presque à la fin, Bernadette se mit à genoux devant le rosier sauvage, se releva et embrassa le sol. L'apparition lui a demandé ces actes d'humilité. Ce jour-là, il lui confia l'un des trois secrets personnels qu'il ne révélera jamais, avec la prière pour elle seule; D'après certaines indications, on soupçonne qu'il s'agissait de sa vocation religieuse et qu'il mourrait jeune.

Lorsqu’il eut fini, il reprit doucement ses esprits et disparut dans la foule. Les "intellectuels" de Lourdes, présents, se retirèrent confus, silencieux, puis ils ne purent réprimer leur émotion: "C'est prodigieux..., sublime..., divin..." Estrade avoue avoir ressenti la présence de la Reine du Ciel et qu'elle lui aurait permis d'être avec Elle, l'émeut jusqu'au délire.

Deux témoignages féminins n’ont également pas de prix. Pendant l'extase, Eléonora Pérard (¿qui aurait cru que cette coquine serait la Fille de la Charité l’année prochaine?) a enfoncé une grosse épingle, à tête noire, dans l'épaule de Bernadette, qui ne s'en est même pas aperçue. Mademoiselle Estrade, de son côté, remarqua que la bougie glissait un peu de la main de la voyante jusqu'à atteindre le sol, de sorte que son index restait longtemps sur la flamme; il devait être carbonisé. Il n'osait pas toucher la bougie et s'étonnait de ne pas se plaindre. Ensuite, il était très intéressé à rentrer chez lui, où il a vérifié que sa main allait parfaitement bien. Là, il vit aussi que le petit garçon qu'il avait nourri tant de fois était le frère de Bernadette; Et à partir de ce jour, le petit Juan María, âgé de 6 ans, prenait une collation tous les jours à l'intérieur de sa maison.

Il serait interminable de raconter toutes les visites et questions à la voyante, jusqu'à l'épuiser, tous les commentaires, les discussions; comment croyaient les sceptiques...

HUITIÈME APPARITION

(mercredi 24 février): Entre 400 et 500 personnes y participent. Avant d'achever le premier mystère, Bernadette tombe en extase; C'est assez émouvant: à un moment donné elle pleure et reprend ses esprits, elle se lève, pleure, parce que quelqu'un, pour mieux la voir, a écarté les branches du rosier sauvage: "Qui a touché la ronce?" Puis il se rend plusieurs fois au fond de la grotte. Le visage s'attriste et s'éclaire à plusieurs reprises; en pleurant, il se tourne vers son entourage et répète les paroles de la Vierge:

— Pénitence, pénitence, pénitence!

L'émotion envahit sa tante Lucila qui crie; avec cela l'apparence cesse. Alors il lui dira: « Tante, tu ne devrais pas revenir vers moi.

NEUVIÈME APPARITION

(Jeudi 25 février): Comme la veille, environ 400 personnes, en majorité des femmes, certaines dès deux heures du matin pour se procurer une bonne place. Il pleut. Avant l'aube, Bernadette arrive. Les gens exigent que les parapluies soient fermés et que les chapeaux soient retirés. Sans achever le premier mystère, Bernadette tombe en extase. Ce sera un jour mémorable: le jour du don de la fontaine miraculeuse. La Vierge lui dit:

— Va boire à la fontaine et lave-toi dedans.

Elle se met à genoux, parmi le peuple, jusqu'à la grotte; Il n'y trouve pas d'eau, il va à la rivière, mais la Vierge lui dit que c'est au fond de la grotte. Il ne trouve que le sol humide, alors il creuse, prend de l'eau trois fois avec la main, mais doit la jeter parce qu'elle est trop sale; La quatrième fois, il pourra le boire et se laver le visage, qui est tout taché de boue. Alors la Vierge lui envoie:

— Va manger cette herbe là.

C'est un type de trèfle (dorina ou chrysoplénia) qui pousse parmi les roches humides. Bernadette prend les feuilles, les mâche et finit par les recracher, car elles sont très dures et amères. Après s'être levé, il retourne à sa place. Sa tante Bernarda lui essuie le visage et le gifle; Elle est indignée. Elle s'agenouille et au bout de quelques instants la vision disparaît.

 Les gens, qui n'ont vu que la manière de procéder de Bernadette, ne la comprennent pas. Les incrédules et les curieux la prennent pour une folle. Ses propres partisans et amis sont dévastés, ils la grondent, ils ne peuvent pas croire que la Dame lui ordonne de faire de telles absurdités. Mais tout n'est-il pas déjà une manière de faire pénitence comme je vous le demandais hier?

Pénitence majeure le lendemain. Il y est allé, il y avait au moins 500 personnes, il a prié, il a embrassé la terre, ... et la Vierge n'est pas apparue. Il est revenu en pleurant.

Cependant, la nouvelle fontaine attire de plus en plus l'attention, même si elle est encore petite. Jeudi déjà, deux personnes ont eu l'idée de remplir des bocaux d'eau. Depuis vendredi, de plus en plus de gens vont chercher cette eau.

DIXIÈME APPARITION

 (Samedi 27 février): Nuit de vent froid. A trois heures, il y a déjà du monde dans la grotte. Certains sont partis vers l’une de leurs maisons éloignées. Toute la nuit, on entend le bruit des sabots dans les rues de Lourdes. Les six sièges de personnes forment une masse compacte, non pas 6 au mètre carré, mais 10 et 12, constate le directeur de l'Ecole supérieure. A six heures et demie Bernadette arrive, ce n'est pas facile de lui céder la place. Il se met à genoux et entre en extase. La Vierge lui dit: «Va embrasser la terre en pénitence pour les pécheurs.

A genoux, il se rend au fond de la grotte en embrassant très souvent le sol. Il but à la fontaine avec sa main et se lava un peu.

ONZIÈME APPARITION

(Dimanche 28 février): Il pleut toute la nuit et le froid est intense. Malgré tout, plus de 1 100 personnes attendent depuis des heures dans la grotte Bernadette. Dans l'extase d'aujourd'hui, à plusieurs reprises, suivant les instructions de la Vierge, il va et revient à genoux au fond de la grotte, embrassant le sol à plusieurs reprises. Un agent de sécurité impressionné a crié: « Que tout le monde embrasse le sol ! » Les gens essaient de le faire, même si, à cause de la pression, cela n’est pas possible pour beaucoup.

Le peuple attend quelque chose d'extraordinaire — peut-être un grand miracle, ou un châtiment — le jeudi 4, le dernier des quinze où Bernadette doit se rendre à la grotte. Les autorités sont inquiètes. Ce jour-là, parce qu'il y a un marché, la foule se rassemblera à Lourdes et Massabielle. ¿Que faire après ses échecs répétés pour empêcher la jeune fille d’aller à la grotte? Le procureur impérial Dutour la fait interroger par le juge d'instruction Rives. Un huissier part à sa recherche après la messe. Il l'arrête. Sa sœur pleure, c'est le premier pas vers la prison; mais elle rit. "Tiens-moi fort, sinon je m'enfuirai." Le juge est assis à sa table et ordonne à Bernadette de le faire, le commissaire Jacomet se promène, et l'huissier reste debout, qui sera le narrateur de la scène.

— Espèce de coquin, pourquoi vas-tu à la grotte et déranges-tu tant de gens? ¿Qui te dit de faire ça? Nous allons vous enfermer en prison.

-Je suis préparée. Enfermez-moi, mais rendez-le fort et bien fermé; Sinon, je m'échapperai.

Il n'était pas amusé.

— Il faut arrêter d'aller à la grotte.

—Je n'arrêterai pas d'y aller.

Le shérif est étonné de son calme. "Il faut qu'elle soit inspirée, sinon elle est une sainte." À ce moment-là, la situation a été sauvée par le supérieur de l'hôpital, qui est arrivé en pleurant et en disant:

— Je prie ces messieurs de nous laisser la jeune fille. Non