sábado, 30 de octubre de 2021

1 DE NOVEMBRO. A FESTA DE TODOS OS SANTOS

 


 


 A FESTA DA IGREJA TRIUNFANTE. - Eu vi uma grande multidão, que ninguém poderia contar, de todas as nações e tribos e povos e línguas, que estavam de pé diante do trono e do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e com as palmas nas mãos e clamando com uma voz poderosa : Saúde ao nosso Deus! O tempo passou; é toda a linhagem humana redimida que está diante dos olhos do profeta de Patmos. A vida militante e miserável deste mundo chegará ao fim um dia. Nossa raça há muito perdida fortalecerá o coro de espíritos puros que a rebelião de Satanás uma vez diminuiu; os anjos fiéis, unindo-se à gratidão dos resgatados pelo Cordeiro, exclamam conosco: Ação de graças, honra, poder e força ao nosso Deus para todo o sempre. E este será o fim, como diz o Apóstolo: o fim da morte e do sofrimento; o fim da história e suas revoluções, que entenderemos a partir de agora. O antigo inimigo, lançado no abismo com seus apoiadores, só existirá para testemunhar sua derrota eterna. O Filho do Homem, libertador do mundo, terá passado o comando a Deus, seu Pai, termo supremo de 'toda a criação e de toda a redenção: Deus será tudo em todas as coisas. Muito antes de São João, Isaías cantou: Eu vi o Senhor sentado em um trono alto e sublime; as franjas de seu vestido enchiam o templo e os Serafins clamavam uns aos outros: Santo, Santo, Santo o Senhor dos Exércitos; Toda a terra está cheia de sua glória. Las franjas del vestido divino significan aquí los elegidos, convertidos en ornamento del Verbo, esplendor del Padre, pues, siendo cabeza de todo el género humano desde el momento en que se desposó con nuestra naturaleza, esta esposa es su gloria, como Él es la de Deus. As virtudes dos santos são o único adorno de nossa natureza; Decoração maravilhosa que, quando receber a última mão, será uma indicação de que o fim dos séculos está chegando. Esta festa é o anúncio mais urgente do casamento da eternidade; todos os anos celebramos nela o progresso que a esposa faz em seus preparativos.

CONFIANÇA. -  Bem-aventurados os convidados das bodas do Cordeiro E felizes também nós, que no baptismo recebemos como título para o banquete do céu a veste nupcial da santa caridade! Preparemo-nos, com a nossa Mãe Igreja, para o destino inefável que o amor nos reserva. Nossas angústias neste mundo tendem a este fim: trabalho, lutas, sofrimentos sofridos por amor de Deus, evidenciam com listras inestimáveis ​​o vestido da graça que faz os eleitos. Bem-aventurados os que choram! Aqueles que o salmista nos apresenta choraram, abrindo diante de nós o sulco de sua carreira mortal; sua alegria triunfante agora nos alcança, lançando como um raio de glória antecipada sobre este vale de lágrimas. Sem esperar pela morte, a solenidade que iniciamos nos dá entrada por uma santa esperança na mansão da luz, onde nossos pais seguiram Jesus. Que provações não nos parecerão leves diante do espetáculo de felicidade eterna em que terminam os espinhos de um dia! Lágrimas derramadas sobre os túmulos recém-abertos, como é possível que a felicidade dos entes queridos que desapareceram não se misture com a sua tristeza um prazer celestial? Ouçamos as canções de libertação daqueles cuja separação momentânea nos faz chorar; pequeno ou grande esta é a sua festa, pois em breve será nossa. Nesta época em que abundam as geadas e as noites mais longas, a natureza, despojando-se dos seus últimos adornos, parece que prepara o mundo para o seu êxodo para a pátria eterna. Cantemos, então, com o salmo: "Alegro-me com o que me foi dito: iremos para a casa do Senhor. Os nossos pés ainda só pisam nos vossos tribunais, mas vemos que não parais nos vossos crescimento, Jerusalém, cidade de paz, para que te construís em harmonia e amor. A ascensão das santas tribos continua em louvor; os teus tronos que ainda estão vazios, estão cheios. Seja tudo de bom, ó Jerusalém, por aqueles que te amo; poder e abundância reinam em teu afortunado recinto. Por causa de meus amigos e meus irmãos que já são seus habitantes, eu coloco meu prazer em você; pelo Senhor nosso Deus, de cuja mansão você é, coloquei em você todos os meus desejos "

HISTÓRIA DA FESTA. - No Oriente encontramos os primeiros vestígios de uma festa em homenagem aos Mártires. São João Crisóstomo fez uma homilia em sua homenagem no século IV e, no século anterior, São Gregório Niceno celebrou solenidades perto de seus túmulos. Em 411, o calendário siríaco indica-nos a Comemoração das Confessoras no sexto dia da semana da Páscoa, e em 359, no dia 13 de maio, em Edessa, é feita a “memória dos mártires de todo o mundo”. No Ocidente, os sacramentários dos séculos V e VI contêm muitas missas em homenagem aos santos mártires que são celebradas sem um dia fixo. Em 13 de maio de 610, o Papa Bonifácio IV dedicou o templo pagão do Panteão, transferiu para ele muitas relíquias e queria que fosse chamado de agora em diante Sancta Maria ad Martyres. O aniversário desta dedicação continuou a ser celebrado com o intuito de homenagear todos os mártires em geral. Gregório III consagraria no século seguinte um oratório “ao Salvador, à sua santa Mãe, a todos os apóstolos, mártires, confessores e outros justos falecidos no mundo”. Em 835, Gregório IV, desejando que a festa romana de 13 de maio se estendesse a toda a Igreja, pediu ao imperador Ludovico Pio que promulgasse um edital nesse sentido e o corrigisse no primeiro dia de novembro. Logo teve sua vigília e Sisto IV, no século XV, também lhe deu uma oitava para toda a Igreja.

MASSA

 “Nos calendários de novembro há o mesmo fervor que no Natal para assistir ao Sacrifício em honra dos Santos”, dizem os antigos documentos relativos a este dia. Causa de especial alegria para todos e também uma honra para as famílias cristãs? Santamente orgulhosos daqueles cujas virtudes foram transmitidas de geração em geração, a glória que esses ancestrais, desconhecidos do mundo, tinham no céu, deu-lhes em sua opinião mais nobreza do que qualquer honra mundana. Mas a fé viva daqueles tempos viu também nesta festa uma ocasião para reparar a negligência voluntária ou forçada que se tinha tido durante o ano no culto ao beato inscrito no calendário público.

A antífona do Introit canta o triunfo dos Santos e nos convida à alegria. Alegria, então, na terra, que continua a dar seus frutos tão magnificamente! Alegria entre os Anjos, que veem os vazios de seus coros sendo preenchidos! Alegria, diz o verso, a todos os bem-aventurados, a quem a terra e o céu dirigem suas canções!

INTRODUÇÃO

Alegremo-nos todos no Senhor, ao celebrarmos esta festa em honra de todos os Santos: de cuja solenidade os anjos se regozijam e juntos louvam o Filho de Deus. - Salmo: alegra-te, justo, no Senhor: o louvor convém aos justos. J. Glória ao pai.

Os pecadores, aqueles de nós que estamos sempre no exílio, devem, antes de tudo, em qualquer circunstância e em todas as partes, ser solícitos com a misericórdia de Deus. Tenhamos esperança hoje, porque hoje tantos intercessores o pedem por nós. Se a oração de um habitante do céu é poderosa, o que não alcançará todo o céu?

COLEÇÃO

Deus omnipotente e eterno, que nos concedeu venerar os méritos de todos os vossos Santos na mesma festa: rogamos que, multiplicando os intercessores, nos conceda a tão esperada abundância da vossa propiciação. Por meio de nosso Senhor Jesus Cristo

EPÍSTOLA

 

Lição do Livro do Apocalipse do Rev. San Juan (Apoc., VII, 2-12).

 

Naqueles dias, eis que eu, João, vi outro anjo nascer do nascimento do sol, que tinha o selo do Deus vivo: e ele clamou em alta voz aos quatro anjos que haviam sido ordenados a fazer mal à terra e o mar, dizendo: Não façam mal à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que apontemos os servos de Deus em suas testas. E ouvi o número dos designados: cento e quarenta e quatro mil designados de todas as tribos dos filhos de Israel. Da tribo de Judá, doze mil assinalados. Da tribo de Rubén, doze mil indicados. Da tribo de Gade, doze mil marcados, Da tribo de Aser, doze mil marcados. Da tribo Naftali, doze mil marcados. Da tribo de Manassés, doze mil marcados. Da tribo de Simeão, doze mil assinalados, "e da tribo de Levi, doze mil assinalados. Da tribo de Issacar, doze mil assinalados. Da tribo de Zebulon, doze mil assinalados. Da tribo de José, doze mil marcados Da tribo de Benjamim, doze mil marcados. Depois disso, vi uma grande multidão, que ninguém poderia contar, de todos os povos e tribos e povos e línguas, que estava diante do trono e na presença do Cordeiro, vestido com roupas brancas e com as palmas nas mãos: e clamavam em alta voz, dizendo: Salve ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro. E todos os anjos estavam ao redor do trono e os anciãos e os quatro animais: e eles caíram diante do trono em seus rostos, e adoraram a Deus, dizendo: Amém. Bênção e clareza e sabedoria e ação de graças e poder e força ao nosso Deus para todo o sempre.  Amém.

OS DOIS REGISTOS. —O Homem-Deus, valendo-se de César Augusto, certa vez registrou o mundo para os dias de sua primeira vinda; Era conveniente que no início da redenção fosse feito um relato oficial do estado do mundo. Agora é chegado o momento de outra recontagem que deve registrar no livro da vida o resultado das obras ordenadas para a salvação. São Gregório se pergunta em uma das homilias de Natal: Por que esse registro do mundo é feito quando o Senhor nasce, senão para nos fazer entender que aquele que deveria registrar os eleitos na eternidade veio vestido na carne? Mas, como muitos ficaram de fora do benefício do primeiro registro, que foi estendido a todos os homens para a redenção do Salvador, como um definitivo era necessário, que separasse o culpado da universalidade do anterior. Que eles sejam apagados do livro dos vivos; seu lugar não é entre os justos; assim fala o profeta rei e o santo papa se lembram dele no mesmo lugar. Embora totalmente entregue à alegria, a Igreja hoje pensa apenas nos escolhidos; e apenas um deles é tratado na recontagem solene na qual, como acabamos de ver, os anais da linhagem humana irão. Na verdade, diante de Deus, só eles contam; os réprobos nada mais são do que a destruição de um mundo no qual apenas a santidade responde aos desígnios do Criador, ao preço do amor infinito. Aprendamos a adaptar nossa alma ao molde divino que deve torná-la conforme a imagem do Unigênito e selar-nos para o tesouro de Deus. Ninguém que evite a marca sagrada evitará a da besta; No dia em que os Anjos fecharem as contas eternas, qualquer moeda que não puder ser colocada no patrimônio divino irá para a fornalha, onde as escórias queimarão eternamente.

 Vivamos, portanto, no medo que o Gradual nos recomenda: não o do escravo que só teme o castigo, mas o medo filial que nada teme tanto quanto desagradá-Lo, que vem a nós todos os bens e que merece por sua bondade todo nosso amor. Sem perder nada de sua felicidade, sem diminuir seu amor, os poderes angélicos e todos os bem-aventurados se prostram no céu com santo estremecimento, diante da augusta e tremenda Majestade.

GRADUAL

Temei ao Senhor, todos os seus Santos: para aqueles que o temem nada falta. J. E aqueles que buscam ao Senhor não terão falta de bem. Aleluia, aleluia. J. Venham a mim, todos vocês que trabalham e estão carregados: e eu os liberarei. Aleluia.

EVANGELHO

 

Continuação do santo Evangelho segundo São Mateus

 

(Mt „V, 1-12).

 

En aquel tiempo, viendo Jesús a las turbas, subió a un monte y, habiéndose sentado, se acercaron a El sus discípulos, y, abriendo su boca, les enseñó, diciendo: Bienaventurados los pobres de espíritu: porque de ellos es el reino de os ceus. Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra. Bem-aventurados os que choram, porque receberão consolação. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles ficarão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurado és tu, quando te amaldiçoam e perseguem, e dizem todo o mal contra ti, mentindo a meu favor; alegra-te e alegra-te, porque a tua recompensa será muito grande no céu.

AS BEATITUDES. —Hoje a terra está tão perto do céu que o mesmo pensamento de felicidade enche os corações. O Amigo, a Esposa, vem sentar-se no meio dos seus e falar da sua felicidade. Venham a mim, todos vocês que estão cansados ​​e oprimidos, cantaram a estrofe do Aleluia há instantes, um eco alegre da pátria, embora nos lembrasse o nosso exílio. E imediatamente o Evangelho mostra a graça e bondade de nosso Deus e Salvador. Ouçamo-lo como nos ensina os caminhos da santa esperança, delícias dignas, garantia e antegozo da felicidade total do céu. Deus, no Sinai, mantendo o judeu à distância, tinha apenas preceitos e ameaças de morte para ele. Quão diferente é a lei do amor promulgada no topo daquela outra montanha, onde o Filho de Deus estava sentado! As oito bem-aventuranças ocuparam no início do Novo Testamento o lugar que, como prólogo do Antigo, ocupava o Decálogo gravado na pedra. Não é que as bem-aventuranças suprimem os mandamentos; mas sua justiça superabundante vai além de todas as prescrições. Jesus, de coração, os fez para gravá-los no coração de seu povo e não na rocha. Todos eles são um retrato do Filho do Homem, o resumo de sua vida redentora. Veja, então, e aja de acordo com o padrão que foi estabelecido diante de você na montanha. A pobreza foi certamente a primeira nota do Deus de Belém; e quem se apresentou mais manso do que o Filho de Maria? Quem chorou por causas mais nobres na manjedoura onde já estava expiando nossos pecados e apaziguando seu Pai? Onde os que têm fome de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os pacíficos, encontrarão, senão n'Ele, o exemplar incomparável, nunca alcançado, sempre imitável? Mesmo a morte, que torna o augusto capitão dos perseguidos pela justiça, é a bem-aventurança suprema neste mundo; Nela a Sabedoria encarnada se agrada mais do que em qualquer outra, fala dela com insistência, descreve-a detalhadamente, até hoje termina com um canto de êxtase: A Igreja não tinha outro ideal; Seguindo o Esposo, sua história nas várias épocas nada mais foi do que o prolongado eco das Bem-aventuranças. Vamos também entendê-lo; Para a felicidade de nossa vida na terra, esperando a do céu, sigamos o Senhor e a Igreja. As bem-aventuranças evangélicas fazem o homem superar os tormentos e até a própria morte, que não tira a paz aos justos, antes de consumi-la. É exatamente isso que canta o ofertório, tirado do Livro da Sabedoria.

OFERTÓRIO

As almas dos justos estão nas mãos de Deus, e o tormento da malícia não os atingirá; aos olhos dos tolos pareciam morrer; mas estão em paz, aleluia.

O Sacrifício que temos a alegria de atender, diz o Segredo que dá glória a Deus, honra os Santos e nos ganha o favor divino.

SEGREDO

Oferecemos-te, Senhor, estes dons da nossa devoção: que podem ser agradáveis ​​a Ti em honra de todos os Justos e, pela tua misericórdia, saudáveis ​​para nós. Por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.

A Antífona de Comunhão é um eco da lição evangélica, mas, não podendo enumerar novamente a série completa das Bem-aventuranças, recorda as três últimas e justamente relaciona todas elas ao divino Sacramento de que se nutrem.

COMUNHÃO

Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus; bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus; bem-aventurados os que são perseguidos pela justiça, porque deles é o reino dos céus.

A Igreja pede na Pós-Comunhão que esta festa de Todos os Santos tenha como resultado fazer com que seus filhos os honrem com assiduidade, para que sempre se beneficiem de seu poder junto a Deus.

PÓS-COMUNHÃO

 Rogamos-te, Senhor, dai aos vossos povos fiéis a graça de se alegrarem sempre com a veneração de todos os Santos: e de serem protegidos com a sua intercessão perpétua. Por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.

 

 


NOVEMBER 1. THE FEAST OF ALL SAINTS


 THE FEAST OF THE TRIUMPHANT CHURCH. - I saw a great crowd, which no one could count, from all nations and tribes and peoples and languages, who were standing before the throne and the Lamb, dressed in white robes and with palms in their hands and crying out with a powerful voice: Cheers to our God! Time has passed; it is the entire redeemed human lineage that stands before the eyes of the prophet of Patmos. The militant and miserable life of this world will come to an end one day. Our long-lost race will strengthen the choirs of pure spirits that Satan's rebellion once lessened; the faithful angels, joining in the gratitude of those rescued by the Lamb, will exclaim with us: Thanksgiving, honor, power and strength to our God for ever and ever. And this will be the end, as the Apostle says: the end of death and suffering; the end of history and its revolutions, which we will understand from now on. The ancient enemy, thrown into the abyss with his supporters, will only exist to witness his eternal defeat. The Son of Man, liberator of the world, will have handed over the command to God, his Father, supreme term of 'all creation and of all redemption: God will be all in all things. Long before Saint John, Isaiah sang: I have seen the Lord sitting on a high and sublime throne; the fringes of her dress filled the temple and the Seraphim cried out to one another: Holy, Holy, Holy the Lord of hosts; All the earth is full of his glory. The stripes of the divine dress here signify the elect, converted into ornament of the Word, splendor of the Father, because, being the head of the whole human race from the moment he married our nature, this wife is his glory, as He is the of God. The virtues of the saints are the only adornment of our nature; Wonderful ornament that, when it receives the last hand, will be an indication that the end of the centuries is coming. This feast is the most pressing announcement of the wedding of eternity; every year we celebrate in her the progress the wife makes in her preparations.

CONFIDENCE. - / Blessed are the guests at the marriage of the Lamb And happy also are we, who in baptism receive the nuptial garment of holy charity as a title for the banquet of heaven! Let us prepare, with our Mother the Church, for the ineffable destiny that love reserves for us. Our anxieties in this world tend to this end: work, struggles, sufferings suffered for the love of God, highlight with inestimable stripes the dress of grace that makes the elect. Blessed are those who mourn! Those whom the psalmist presents us wept, opening before us the furrow of his mortal career; his triumphant joy now reaches us, casting like a ray of anticipated glory over this valley of tears. Without waiting for death, the solemnity that we have begun gives us entrance through a holy hope into the mansion of light, where our parents followed Jesus. What trials will not seem light to us before the spectacle of eternal happiness in which the thorns of a day end! Tears shed on the newly opened graves, how is it possible that the happiness of loved ones who disappeared does not mix with your sadness a heavenly pleasure? Let us listen to the songs of liberation of those whose momentary separation makes us cry; small or large this is your party, as soon it will be ours. In this season when the frosts abound and the nights are longer, nature, shedding its last finery, it seems that it prepares the world for its exodus towards the eternal homeland. Let us sing, then, with the psalm: "I have rejoiced at what I have been told: we will go to the house of the Lord. Our feet still tread only in your courts, but we see that you do not cease in your growth, Jerusalem, city of peace, that you build yourself in harmony and love. The rise to you of the holy tribes is continued in praise; your thrones that are still empty, are filled. Be all good, O Jerusalem, for those who love you; power and abundance reign in your fortunate enclosure. Because of my friends and my brothers who are already your inhabitants, I put my pleasure in you; by the Lord our God, whose mansion you are, I placed in you all my wish".

HISTORY OF THE PARTY. - In the East we find the first vestiges of a festival in honor of the Martyrs. Saint John Chrysostom delivered a homily in his honor in the fourth century and, in the previous century, Saint Gregory Nicene celebrated solemnities next to their tombs. In 411, the Syriac calendar indicates to us the Commemoration of the Confessors on the sixth day of Easter week, and in 359, on May 13, in Edessa, the "memory of the martyrs of the whole world" is made. In the West, the Sacramentarians of the 5th and 6th centuries contain many Masses in honor of the holy martyrs that are celebrated without a fixed day. On May 13, 610, Pope Boniface IV dedicated the pagan temple of the Pantheon, transferred to it many relics and wanted it to be called from now on Sancta Maria ad Martyrs. The anniversary of this dedication continued to be celebrated with the intention of honoring all the martyrs in general. Gregory III would consecrate an oratory in the following century "to the Savior, to his holy Mother, to all the apostles, martyrs, confessors and other just deceased in the world." In 835 Gregory IV, wishing that the Roman feast of May 13 would be extended to the whole Church, asked the Emperor Ludovico Pio to promulgate an edict to that end and set it on the first day of November. It soon had its vigil and Sixtus IV, in the fifteenth century, also gave it an Octave for the whole Church.

MASS

 

 "In the calends of November there is the same fervor as in Christmas to attend the Sacrifice in honor of the Saints", say the ancient documents related to this day. cause of special joy for all and also an honor for Christian families? Holyly proud of those whose virtues were transmitted from generation to generation, the glory that these ancestors, unknown to the world, had in heaven, gave them in their opinion more nobility than any worldly honor. But the living faith of those times also saw in this feast an occasion to repair the voluntary or forced negligence that had been had during the year in the cult of the blessed ones inscribed in the public calendar.

The antiphon of the Introit sings the triumph of the Saints and invites us to joy. Joy, then, on earth, which continues to bear its fruit so magnificently! Joy among the Angels, who see the voids of their choirs being filled! Joy, says the verse, to all the blessed, to whom earth and heaven direct their songs!

INTROITE

 

Let us all rejoice in the Lord, as we celebrate this feast in honor of all the Saints: of whose solemnity the Angels rejoice, and together praise the Son of God. - Psalm: rejoice, you righteous, in the Lord: praise is convenient for the upright. J. Glory to the Father.

We sinners, those of us who are always in exile, must, above all, in any circumstance and at all festivals, be solicitous of God's mercy. Let us have firm hope today, since today so many intercessors ask for it for us. If the prayer of an inhabitant of heaven is powerful, what will not reach all of heaven?

COLLECTION

 

Omnipotent and everlasting God, who has granted us to venerate the merits of all your Saints on the same holiday: we begged that, multiplying the intercessors, you grant us the long-awaited abundance of your propitiation. Through our Lord Jesus Christ.

EPISTLE

Lection of the Book of the Apocalypse of the Ap. San Juan (Apoc., VII, 2-12).

 

In those days, behold, I, John, saw another Angel rise from the birth of the sun, who had the seal of the living God: and he cried with a loud voice to the four Angels who had been ordered to harm the earth and the sea, saying: Do not harm the earth, nor the sea, nor the trees, until we point out the servants of God in their foreheads. And I heard the number of those appointed: one hundred and forty-four thousand appointed from all the tribes of the children of Israel. Of the tribe of Judah, twelve thousand marked. Of the tribe of Rubén, twelve thousand indicated. From the tribe of Gad, twelve thousand marked, From the tribe of Asher, twelve thousand marked. Of the Naphtali tribe, twelve thousand marked. Of the tribe of Manasseh, twelve thousand marked. From the tribe of Simeon, twelve thousand marked, "and from the tribe of Levi, twelve thousand marked. From the tribe of Issachar, twelve thousand marked. From the tribe of Zebulon, twelve thousand marked. From the tribe of Joseph, twelve thousand marked from the tribe of Benjamin, twelve thousand marked. After these, I saw a great crowd, which no one could count, of all peoples and tribes and peoples and languages, who stood before the throne and in the presence of the Lamb, dressed in white clothes, and with palms in their hands: and they cried out with a loud voice, saying: Hail to our God, who sits on the throne, and to the Lamb. And all the Angels were around the throne and the elders and the four animals: and they fell before the throne on their faces, and worshiped God, saying: Amen. Blessing and clarity and wisdom and thanksgiving and power and strength to our God for ever and ever. Amen

THE TWO REGISTRATIONS. —The Man-God, making use of Caesar Augustus, once registered the world for the days of his first coming; It was convenient that at the beginning of the redemption an account of the state of the world should be made in an official way. Now the time has come for another recount that has to record in the book of life the result of the works ordered to salvation. Saint Gregory wonders in one of the Christmas homilies: Why is this registration of the world done when the Lord is born, if not to make us understand that the one who had to register the elect in eternity came dressed in the flesh? But, since many were left out of the benefit of the first registration, which was extended to all men for the redemption of the Savior, as a definitive one was needed, which would separate the guilty from the universality of the preceding one. Let them be erased from the book of the living; his place is not among the righteous; thus, speaks the prophet king and the holy pope remembers him in the same place. Although completely given over to joy, the Church on this day thinks only of the chosen ones; and only of them is treated in the solemn account in which, as we have just seen, the annals of the human lineage will go. In fact, before God, they alone count; the reprobate is nothing more than the undoing of a world in which only holiness responds to the Creator's designs, at the price of infinite love. Let us learn to adapt our souls to the divine mold that has to make them conform to the image of the Only Begotten and seal us for the treasure of God. No one who avoids the sacred imprint will avoid that of the beast; The day the Angels close the eternal accounts, any coin that cannot be put into the divine asset will go itself to the furnace, where the slags will burn eternally.

Let us live, therefore, in the fear that the Gradual recommends to us: not that of the slave who only fears punishment, but the filial fear that fears nothing so much as displeasing Him, who comes to us all the goods and who deserves by his goodness all our love. Without losing any of their happiness, without diminishing their love, the angelic powers and all the blessed prostrate themselves in heaven with a holy trembling, before the august and tremendous Majesty.

GRADUAL

Fear the Lord, all his Saints: for those who fear him lack nothing. J. And those who seek the Lord will lack no good. Hallelujah hallelujah. J. Come to me, all of you who work and are loaded: and I will relieve you. Hallelujah.

 

GOSPEL

Continuation of the holy Gospel according to St. Matthew (Mt „V, 1-12).

At that time, when Jesus saw the crowds, he went up on a mountain and, having sat down, his disciples approached him, and, opening his mouth, he taught them, saying: Blessed are the poor in spirit: for theirs is the kingdom of the heavens. Blessed are the meek: for they will inherit the earth. Blessed are those that weep, for they shall receive consolation. Blessed are those who hunger and thirst for righteousness: for they will be fed up. Blessed are the merciful, for they shall obtain mercy. Blessed are the pure in heart: for they will see God. Blessed are the peaceable: for they will be called children of God. Blessed are those who are persecuted for justice: for theirs is the kingdom of heaven. Blessed are you, when they curse you, and persecute you, and say all evil against you, lying, for me: rejoice and rejoice, because your reward will be very great in heaven.

THE BEATITUDES. —Today the earth is so close to heaven that the same thought of happiness fills hearts. The Friend, the Spouse, comes to sit in the midst of his own and to speak of his happiness. Come to me, all of you who are tired and burdened, sang the verse of the Alleluia a moment ago, a happy echo of the homeland, although it reminded us of our exile. And immediately the Gospel shows the grace and kindness of our God and Savior. Let us listen to him how he teaches us the ways of holy hope, the worthy delights, guarantee and foretaste of the total happiness of heaven. God, on Sinai, keeping the Jew at a distance, had only precepts and death threats for him. How differently is the law of love promulgated on the top of that other mountain, where the Son of God sat! The eight Beatitudes have at the beginning of the New Testament occupied the place that, as a prologue to the Old, occupied the Decalogue engraved in stone. It is not that the Beatitudes suppress the commandments; but his superabundant justice goes beyond all prescriptions. Jesus from his Heart made them to imprint them on the heart of his people and not on the rock. They are all a portrait of the Son of Man, the summary of his redemptive life. See, then, and act according to the pattern that has been set before you on the mountain. Poverty was certainly the first note of the God of Bethlehem; and who presented himself more 'meek than the Son of Mary? Who wept for nobler causes in the manger where he was already atoning for our sins and appeasing his Father? Where will those who hunger for justice, the merciful, the pure in heart, the peaceful, find, if not in Him, the incomparable exemplar, never achieved, always imitable? Even death, which makes the august captain of those persecuted by justice, is the supreme beatitude in this world; In her, the incarnated Wisdom is pleased more than in any other, she speaks insistently about her, describes her in detail, until today she ends with it as in a song of ecstasy: The Church had no other ideal; Following the Bridegroom, his history in the various ages was nothing more than the prolonged echo of the Beatitudes. Let us also understand it; For the happiness of our life on earth waiting for that of heaven, let us follow the Lord and the Church. The evangelical Beatitudes make man overcome torments and even death itself, which does not take away peace from the just, before consuming it. This is precisely what the Offertory sings, taken from the Book of Wisdom.

OFFERTORY

The souls of the righteous are in the hand of God, and the torment of malice will not touch them: in the eyes of fools they seemed to die: but they are in peace, hallelujah.

The Sacrifice that we have the joy of attending, says the Secret that gives glory to God, honors the Saints and wins us divine favor.

SECRET

We offer you, Lord, these gifts of our devotion: which may be pleasing to you in honor of all the Righteous and, by your mercy, healthy to us. Through our Lord Jesus Christ.

The Antiphon of Communion is an echo of the evangelical lesson, but, not being able to enumerate again the complete series of the Beatitudes, it recalls the last three and rightly relates all of them to the divine Sacrament from which they are nourished.

COMMUNION

Blessed are the pure in heart, for they will see God: blessed are the peaceable, for they will be called children of God: blessed are those who are persecuted for justice, for theirs is the kingdom of heaven.

The Church asks in the Post-Communion that this feast of All Saints have the result of making her children honor them assiduously, to always benefit from their power close to God.

POST-COMMUNION

 We beg you, Lord, grant your faithful peoples the grace to always rejoice with the veneration of all the Saints: and to be protected with their perpetual intercession. Through our Lord Jesus Christ.

 

1.° DE NOVIEMBRE. LA FIESTA DE TODOS LOS SANTOS

 


LA FIESTA DE LA IGLESIA TRIUNFANTE. — Vi una gran muchedumbre, que nadie podía contar, de todas las naciones y tribus y pueblos y lenguas, que estaban de pie delante del trono y del Cordero, vestidos de túnicas blancas y con palmas en sus manos y clamaban con voz poderosa: ¡Salud a nuestro Dios! Ha pasado el tiempo; es todo el linaje humano ya redimido el que se presenta ante los ojos del profeta de Patmos. La vida militante y miserable de este mundo tendrá su fin un día. Nuestra raza tanto tiempo perdida reforzará los coros de los espíritus puros que disminuyó antaño la rebelión de Satanás; los ángeles fieles, uniéndose al agradecimiento de los rescatados por el Cordero, exclamarán con nosotros: La acción de gracias, el honor, el poderlo y la fuerza a nuestro Dios por los siglos de los siglos. Y esto será el fin, como dice el Apóstol: el fin de la muerte y del sufrimiento; el fin de la historia y de sus revoluciones, que en lo sucesivo comprenderemos. El antiguo enemigo, arrojado al abismo con sus partidarios, sólo existirá para ser testigo de su eterna derrota. El Hijo del Hombre, libertador del mundo, habrá entregado el mando a Dios, su Padre, término supremo de' toda la creación y de toda redención: Dios será todo en todas las cosas. Mucho antes que San Juan, cantaba Isaías: He visto al Señor sentado sobre un trono elevado y sublime; las franjas de su vestido llenaban el templo y los Serafines clamaban uno a otro: Santo, Santo, Santo el Señor de los ejércitos; toda la tierra está llena de su gloria. Las franjas del vestido divino significan aquí los elegidos, convertidos en ornamento del Verbo, esplendor del Padre, pues, siendo cabeza de todo el género humano desde el momento en que se desposó con nuestra naturaleza, esta esposa es su gloria, como Él es la de Dios. Las virtudes de los santos son el único adorno de nuestra naturaleza; ornato maravilloso que, cuando reciba la última mano, será indicio de que llega el fin de los siglos. Esta fiesta es el anuncio más apremiante de las bodas de la eternidad; cada año celebramos en ella el progreso que en sus preparativos hace la esposa.

CONFIANZA. — /Dichosos los invitados a las bodas del Cordero Y ¡felices también nosotros, que recibimos en el bautismo la veste nupcial de la santa caridad como un título para el banquete de los cielos! Preparémonos, con nuestra Madre la Iglesia, al destino inefable que nos reserva el amor. A este fin tienden nuestros afanes de este mundo: trabajos, luchas, padecimientos sufridos por amor de Dios realzan con franjas inestimables el vestido de la gracia que hace a los elegidos. ¡Bienaventurados los que lloran! Lloraban aquellos a quienes el salmista nos presenta abriendo antes que nosotros el surco de su carrera mortal; su alegría triunfante llega ahora hasta nosotros, lanzando como un rayo de gloria anticipada sobre este valle de lágrimas. Sin esperar a la muerte, la solemnidad que hemos comenzado nos da entrada por medio de una santa esperanza en la mansión de la luz, a donde siguieron a Jesús nuestros padres. ¡Qué pruebas no nos parecerán livianas ante el espectáculo de la eterna felicidad en que terminan las espinas de un día! Lágrimas derramadas sobre los sepulcros recién abiertos, ¿cómo es posible que la felicidad de los seres queridos que desaparecieron no mezcle con vuestra tristeza un placer celestial? Escuchemos los cantos de liberación de aquellos cuya separación momentánea nos hace llorar; pequeños o grandes ésta es su fiesta, como pronto lo será nuestra. En esta estación en que abundan las escarchas y las noches son más largas, la naturaleza, deshaciéndose de sus últimas galas, se diría que prepara al mundo para su éxodo hacia la patria eterna. Cantemos, pues, nosotros también con el salmo: "Me he alegrado de lo que se me ha dicho: iremos a la casa del Señor. Nuestros pies sólo pisan aún en tus atrios, pero vemos que no cesas en tu crecimiento, Jerusalén, ciudad de paz, que te edificas en la concordia y en el amor. La subida hacia ti de las tribus santas se continúa en la alabanza; los tronos tuyos que aún están vacíos, se llenan. Sean todos los bienes, oh Jerusalén, para los que te aman; el poder y la abundancia reinen en tu afortunado recinto. A causa de mis amigos y de mis hermanos que ya son habitantes tuyos, puse en ti mis complacencias; por el Señor nuestro Dios, cuya mansión eres, coloqué en ti todo mi deseo".

 HISTORIA DE LA FIESTA. — En Oriente encontramos los primeros vestigios de una fiesta en honor de los Mártires. San Juan Crisóstomo pronunció una homilía en honra suya en el siglo IV y, en el anterior, celebraba San Gregorio Niceno solemnidades junto a sus sepulcros. En 411, el calendario siríaco nos señala la Conmemoración de los Confesores el sexto día de la semana de Pascua, y en 359, el 13 de mayo, en Edesa, se hace "memoria de los mártires de todo el mundo". En Occidente, los Sacramentarios de los siglos V y VI contienen muchas misas en honor de los santos mártires que se celebran sin día fijo. El 13 de mayo de 610, el Papa Bonifacio IV dedicó el templo pagano del Panteón, trasladó a él muchas reliquias y quiso se llamase en lo sucesivo Sancta Maria ad Martyres. El aniversario de esta dedicación continuó festejándose con la intención de honrar en él a todos los mártires en general. Gregorio III consagraría en el siglo siguiente un oratorio "al Salvador, a su santa Madre, a todos los apóstoles, mártires, confesores y demás justos fenecidos en el mundo". En 835 Gregorio IV, deseando que la fiesta romana del 13 de mayo se extendiese a toda la Iglesia, pidió al emperador Ludovico Pío que promulgase un edicto con ese fin y la fijase en el día primero de noviembre. Pronto tuvo su vigilia y Sixto IV, en el siglo xv, la daba también una Octava para toda la Iglesia.

 M I S A

 "En las calendas de noviembre hay el mismo fervor que en Navidad para asistir al Sacrificio en honor de los Santos", dicen los antiguos documentos relativos a este día Por general que fuese la fiesta y aun por razón de su universalidad, ¿no era ésta motivo de especial alegría para todos y también un honor para las familias cristianas? Santamente orgullosas de aquellos cuyas virtudes se iban transmitiendo de generación en generación, la gloria que estos antepasados, desconocidos del mundo, tenían en el cielo, las daba a su parecer más nobleza que cualquier honra mundana. Pero la fe viva de aquellos tiempos veía además en esta fiesta una ocasión para reparar las negligencias voluntarias o forzosas que se habían tenido durante el año en el culto de los bienaventurados inscritos en el calendario público.

 La antífona del Introito canta el triunfo de los Santos y nos invita a la alegría. ¡Alegría, pues, en la tierra, que sigue dando tan magníficamente su fruto! ¡Alegría entre los Ángeles, que ven llenarse los vacíos de sus coros! ¡Alegría, dice el versículo, a todos los bienaventurados, a quienes dirigen sus cantos la tierra y el cielo!

INTROITO

Alegrémonos todos en el Señor, al celebrar esta fiesta en honor de todos los Santos: de cuya solemnidad se alegran los Ángeles, y alaban juntos al Hijo de Dios. — Salmo: alegraos, justos, en el Señor: a los rectos conviene la alabanza. J. Gloria al Padre.

Los pecadores, los que estamos siempre en el destierro debemos, ante todo, en cualquier circunstancia y en todas las fiestas, ser solícitos de la misericordia de Dios. Tengamos hoy una firme esperanza, ya que hoy la piden por nosotros tantos intercesores. Si la oración de un habitante del cielo es poderosa, ¿qué no alcanzará todo el cielo?

 COLECTA

Omnipotente y sempiterno Dios, que nos has concedido venerar los méritos de todos tus Santos en una misma festividad: suplicamoste que, multiplicados los intercesores, nos concedas la ansiada abundancia de tu propiciación. Por Nuestro Señor Jesucristo.

 EPISTOLA

Lección del Libro del Apocalipsis del Ap. San Juan (Apoc., VII, 2-12).

En aquellos días he aquí que yo, Juan, vi subir del nacimiento del sol a otro Ángel, que tenía el sello del Dios vivo: y clamó con gran voz a los cuatro Ángeles a quienes se había ordenado dañar a la tierra y al mar, diciendo: No hagáis daño a la tierra, ni al mar, ni a los árboles, hasta que señalemos a los siervos de Dios en sus frentes. Y oí el número de los señalados: ciento cuarenta y cuatro mil señalados de todas las tribus de los hijos de Israel. De la tribu de Judá, doce mil señalados. De la tribu de Rubén, doce mil señalados. De la tribu de Gad, doce mil señalados, De la tribu de Aser, doce mil señalados. De la tribu Neftalí, doce mil señalados. De la tribu de Manasés, doce mil señalados. De la tribu de Simeón, doce mil señalados, "e la tribu de Leví, doce mil señalados. De la tribu de Isacar, doce mil señalados. De la tribu de Zabulón, doce mil señalados. De la tribu de José, doce mil señalados. De la tribu de Benjamín, doce mil señalados. Después de éstos, vi una gran muchedumbre, que nadie podía contar, de todas las gentes y tribus y pueblos y lenguas, que estaban ante el trono y en presencia del Cordero, vestidos con blancas ropas, y con palmas en sus manos: y clamaban con gran voz, diciendo: Salud a nuestro Dios, que se sienta sobre el trono, y al Cordero. Y todos los Ángeles estaban en torno del trono y de los ancianos y de los cuatro animales: y cayeron delante del trono sobre sus rostros, y adoraron a Dios, diciendo: Amén. Bendición y claridad y sabiduría y acción de gracias y poder y fortaleza a nuestro Dios por los siglos de los siglos. j Amén.

LOS DOS EMPADRONAMIENTOS. —El Hombre-Dios, sirviéndose para ello de César Augusto, empadronó al mundo una vez por los días de su primera venida; era conveniente que al principio de la redención se hiciese de modo oficial un recuento del estado del mundo. Ahora ha llegado el tiempo de otro recuento que tiene que hacer constar en el libro de la vida el resultado de las obras ordenadas a la salvación. San Gregorio se pregunta en una de las homilías de Navidad: ¿Para qué se hace este empadronamiento del mundo cuando nace el Señor, sino para hacernos comprender que venía vestido de la carne el que tenía que empadronar en la eternidad a los elegidos? Pero, al quedar por su culpa muchos fuera del beneficio del primer empadronamiento, que se extendía a todos los hombres por la redención del Salvador, se necesitaba otro definitivo, que separase de la universalidad del precedente a los culpables. Sean borrados del libro de los vivos; su lugar no está entre los justos; así habla el rey profeta y lo recuerda en el mismo lugar el santo papa. Aunque entregada completamente a la alegría, la Iglesia en este día sólo piensa en los escogidos; y únicamente de ellos se trata en el recuento solemne en el que, según acabamos de ver, irán a parar los anales del linaje humano. De hecho, ante Dios, ellos solos cuentan; los réprobos no son más que el deshecho de un mundo en el que sólo la santidad responde a los designios del Creador, al precio del amor infinito. Aprendamos a adaptar nuestras almas al molde divino que las tiene que hacer conformes a la imagen del Unigénito y sellarnos para el tesoro de Dios. Ninguno que esquive la impronta sagrada, evitará la de la bestia; el día que los Ángeles cierren las cuentas eternas, cualquier moneda que no pueda ponerse en el activo divino, irá por sí misma a la hornaza, donde arderán eternamente las escorias.

 Vivamos, por consiguiente, en el temor que nos recomienda el Gradual: no el del esclavo que sólo teme el castigo, sino el temor filial que nada teme tanto como desagradar a Aquel de., quien nos vienen todos los bienes y que merece por su bondad todo nuestro amor. Sin perder nada de su felicidad, sin menguar su amor, las potestades angélicas y todos los bienaventurados se postran en el cielo con un santo temblor, delante de la augusta y tremenda Majestad.

GRADUAL

Temed al Señor, todos sus Santos: porque nada falta a los que le temen. J. Y a los que busquen al Señor no les faltará ningún bien. Aleluya, aleluya. J. Venid a mí, todos los que trabajáis y estáis cargados: y yo os aliviaré. Aleluya.

 EVANGELIO

Continuación del santo Evangelio según S. Mateo

(Mt„ V, 1-12).

En aquel tiempo, viendo Jesús a las turbas, subió a un monte y, habiéndose sentado, se acercaron a El sus discípulos, y, abriendo su boca, les enseñó, diciendo: Bienaventurados los pobres de espíritu: porque de ellos es el reino de los cielos. Bienaventurados los mansos: porque ellos poseerán la tierra. Bienaventurados los que lloran: porque ellos serán consolados. Bienaventurados los que han hambre y sed de justicia: porqueellos serán hartos. Bienaventurados los misericordiosos: porque ellos alcanzarán misericordia. Bienaventurados los limpios de corazón: porque ellos verán a Dios. Bienaventurados los pacíficos: porque serán llamados hijos de Dios. Bienaventurados los que padecen persecución por la justicia: porque de ellos es el reino de los cielos. Bienaventurados seréis vosotros, cuando os maldijeren, y os persiguieren, y dijeren contra vosotros todo mal, mintiendo, por mí: alegraos y gozaos, porque vuestra recompensa será muy grande en los cielos.

 LAS BIENAVENTURANZAS. —Hoy está tan cerca la tierra del cielo, que un mismo pensamiento de felicidad llena los corazones. El Amigo, el Esposo, viene a sentarse en medio de los suyos y a hablar de su dicha. Venid, a mi todos cuantos andáis fatigados y agobiados, cantaba hace un momento el versículo del Aleluya, eco feliz de la patria, si bien nos recordaba nuestro destierro. E inmediatamente en el Evangelio se muestra la gracia y la benignidad de nuestro Dios y Salvador. Escuchémosle cómo nos enseña los caminos de la santa esperanza, las delicias dignas, garantía y anticipo del dicha total de los cielos. Dios, en el Sinaí, manteniendo al judío a distancia, sólo tenía para él preceptos y amenazas de muerte. ¡De qué modo tan distinto se promulga la ley de amor en la cumbre de esa otra montaña, donde se sentó el Hijo de Dios! Las ocho Bienaventuranzas han ocupado al principio del Nuevo Testamento el lugar que ocupaba, como prólogo del Antiguo, el Decálogo grabado en piedra. No es que las Bienaventuranzas supriman los mandamientos; pero su justicia superabundante va más allá que todas las prescripciones. Las hizo Jesús de su Corazón para imprimirlas en el corazón de su pueblo y no en la roca. Son todo un retrato del Hijo del Hombre, el resumen de su vida redentora. Mira, pues, y obra conforme al modelo que se te ha puesto delante en el monte. La pobreza fue ciertamente la primera nota del Dios de Belén; y ¿quién se presentó más' manso que el Hijo de María? ¿Quién lloró por causas más nobles en el pesebre donde ya expiaba nuestros pecados y aplacaba a su Padre? Los que tienen hambre de la justicia, los misericordiosos, los puros de corazón, los pacíficos ¿dónde encontrarán, sino en El, el ejemplar incomparable, nunca logrado, siempre imitable? Aun la muerte, que hace de El augusto capitán de los perseguidos por la justicia es en este mundo la bienaventuranza suprema; en ella se' complace la Sabiduría encarnada más que en otra ninguna, de ella habla con insistencia, la describe con pormenores, hasta terminar hoy con ella como en un canto de éxtasis:  La Iglesia no tuvo otro ideal; siguiendo al Esposo, su historia en las diversas épocas no fue más que el eco prolongado de las Bienaventuranzas. Entendámoslo también nosotros; para la felicidad de nuestra vida en la tierra esperando la del cielo, sigamos al Señor y a la Iglesia. Las Bienaventuranzas evangélicas logran que el hombre supere los tormentos y hasta la misma muerte, que no quita la paz a los justos, antes la consuma. Esto precisamente es lo que canta el Ofertorio, sacado del libro de la Sabiduría.

 OFERTORIO

Las almas de los justos están en la mano de Dios, y no los tocará el tormento de la malicia: a los ojos de los necios pareció que morían: pero ellos están en la paz, aleluya.

El Sacrificio al que tenemos la dicha de asistir, dice la Secreta que da gloria a Dios, honra a los Santos y nos granjea a nosotros el favor divino.

 SECRETA

Ofrecemoste, Señor, estos dones de nuestra devoción: los cuales te sean gratos a ti en honor de todos los Justos y, por tu misericordia, sean saludables a nosotros. Por Nuestro Señor Jesucristo.

La Antífona de la Comunión es un eco de la lección evangélica, pero, no pudiendo enumerar otra vez la serie completa de las Bienaventuranzas, recuerda las tres últimas y justamente relaciona a todas con el Sacramento divino de que se nutren.

 COMUNION

Bienaventurados los limpios de corazón, porque ellos verán a Dios: bienaventurados los pacíficos, porque serán llamados hijos de Dios: bienaventurados los que padecen persecución por la justicia, porque de ellos es el reino de los cielos.

 

La Iglesia pide en la Poscomunión que esta fiesta de todos los Santos tenga por resultado hacer que sus hijos los honren asiduamente, para beneficiarse también siempre de su poder cerca de Dios.

 POSCOMUNION

 Suplicamoste, Señor, concedas a tus pueblos fieles la gracia de alegrarse siempre con la veneración de todos los Santos: y la de ser protegidos con su perpetua intercesión. Por Nuestro Señor Jesucristo.

 

 

sábado, 23 de octubre de 2021

A doutrina Rumsfeld-Cebrowski. SOBRE AS GUERRAS NO IRAQUE, LÍBIA, IÊMEN E SÍRIA.


O Pentágono tem aplicado a "doutrina Rumsfeld-Cebrowski" no "Oriente Médio expandido" por 2 décadas. Várias vezes considerou estendê-lo à "Bacia do Caribe", mas se absteve de fazê-lo, concentrando seu poder em seu alvo inicial. O Pentágono atua como um centro de tomada de decisões autônomo, efetivamente fora do poder do Presidente dos Estados Unidos. É uma administração civil e militar que impõe seus objetivos a outras forças militares.


Os mapas que o Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos preparou em 2001, publicados em 2005 pelo Coronel Ralph Peters, ainda estão em vigor, em 2021, quando da determinação das ações das Forças Armadas dos Estados Unidos.

  Em meu livro The Great Imposture [1], escrevi, em março de 2002, que os ataques de 11 de setembro tinham como objetivo fazer com que os americanos aceitassem:

- em seu país, um sistema de vigilância em massa - o Patriot Act ou “Patriot Act” 

- no exterior, um retorno à política imperial, sobre a qual não havia nenhum documento então.

 As coisas só começaram a ficar mais claras em 2005, quando o coronel Ralph Peters, então comentarista da Fox News, publicou o famoso mapa do Estado-Maior Conjunto, um mapa que definia o "redesenho" do "Oriente Médio expandido". (ou "Grande Oriente Médio") [2]. Esse mapa causou grande agitação em todas as chancelarias porque mostrava que o Pentágono planejava modificar as fronteiras herdadas da colonização franco-britânica (os Acordos Sykes-Picot de 1916) sem ter pena de nenhum país da região, fosse ou não era um aliado de Washington.

 Desde então, todos os estados da região fizeram o possível para evitar a tempestade. Mas, em vez de se unir a seus vizinhos diante de um inimigo comum, cada um deles tentou desviar a mão do Pentágono para acertar "o vizinho". O caso mais óbvio foi o da Turquia, que trocava repetidamente de pêlo, dando a impressão de ter se transformado em um cachorro louco.

Duas visões do mundo se enfrentam. Desde 2001, o Pentágono considera que o inimigo estratégico dos Estados Unidos é ... a estabilidade. Mas a Rússia acredita que a estabilidade é a condição necessária para a paz.

  Mas o mapa divulgado pelo coronel Peters - que detestava o então secretário de Defesa Donald Rumsfeld - não nos permitia entender todo o projeto. Já na época dos ataques de 11 de setembro, o próprio Peters publicou na Parameters, a revista do Exército dos EUA (as forças terrestres americanas), um artigo [3] onde mencionava o mapa que finalmente publicaria 4 anos depois. Nesse artigo, o coronel Peters sugeria que o Estado-Maior Conjunto estava se preparando para transformar os contornos de seu mapa em realidade cometendo crimes hediondos por meio de procuradores, para não sujar as mãos. Naquela época, poderia se pensar que seriam exércitos particulares, mas a experiência mostrou que eles também não podem estar envolvidos em crimes contra a humanidade.

 A chave do projeto era o chamado "Office of Force Transformation", criado no Pentágono por Donald Rumsfeld dias após os ataques de 11 de setembro. À frente desse Gabinete de Transformação da Força, Rumsfeld colocou o almirante Arthur Cebrowski. O almirante Cebrowski, um estrategista renomado, concebeu a informatização das forças armadas dos Estados Unidos [4]. Parecia que este Escritório deveria concluir este trabalho em Cebrowski, embora ninguém mais se opusesse à reorganização. Mas não foi assim, o Gabinete foi criado para transformar a missão das Forças Armadas americanas e isso é demonstrado pelas gravações existentes de algumas das palestras que Cebrowski deu nas academias militares.

 O almirante Arthur Cebrowski passou 3 anos ministrando cursos para oficiais americanos seniores ... que agora são generais.


O "Oriente Médio expandido" ou "Grande Oriente Médio" não é o único alvo definido pelo almirante Cebrowski. Sua estratégia destrutiva se estende a todas as regiões não integradas à economia globalizada.

 O que o almirante Cebrowski ensinou em seus cursos era bastante simples:

 · A economia mundial está se “globalizando”. Para permanecer a principal potência mundial, os Estados Unidos teriam que se adaptar ao capitalismo financeiro. A melhor maneira de fazer isso seria garantir aos países desenvolvidos que eles serão capazes de explorar os recursos naturais dos países pobres sem obstáculos políticos.

 · Partindo dessa premissa, Cebrowski dividiu o mundo em dois setores: de um lado, as economias globalizadas –incluindo Rússia e China– destinadas a serem mercados estáveis. Do outro lado, todos os outros países, onde seria necessário destruir as estruturas e instituições que constituem os Estados, mergulhando-os no caos para garantir às empresas transnacionais a possibilidade de explorar as riquezas desses países sem encontrar resistências.

· Para isso, é necessário dividir os povos não globalizados recorrendo a critérios étnicos e dominando ideologicamente.

 A primeira região onde essa doutrina seria posta em prática seria a zona árabe-muçulmana que vai do Marrocos ao Paquistão - exceto Israel e dois microestados vizinhos, Jordânia e Líbano, que teriam de impedir a propagação do fogo. Isso é o que o Departamento de Estado chamou de "Oriente Médio expandido" ou "Grande Oriente Médio". Os contornos não foram definidos com base nas reservas de petróleo ali existentes, mas em elementos culturais comuns às suas populações.

 A guerra que o almirante Cebrowski imaginou teria de abranger, a princípio, toda a região, independentemente das divisões ou alianças que surgiram na guerra fria. Em outras palavras, os Estados Unidos não teriam mais amigos ou inimigos. O inimigo não era mais definido em termos de ideologia (como a oposição entre capitalistas e comunistas) ou religião (como no "choque de civilizações"), mas apenas por sua não integração na economia globalizada do capitalismo financeiro. Nada poderia proteger aqueles que tiveram a infelicidade de ser independentes.

Ao contrário das guerras anteriores, destinadas a permitir que os Estados Unidos monopolizassem os recursos naturais, a nova guerra colocaria os recursos ao alcance de todos os Estados globalizados. Os Estados Unidos não teriam mais interesse em capturar recursos naturais, mas tenderiam acima de tudo a dividir o trabalho em escala planetária e a fazer com que outros trabalhassem por ele.

Tudo isso implicaria em mudanças táticas na forma de fazer a guerra, pois não se trataria de vencer, mas de impor uma "guerra sem fim", segundo a fórmula do então presidente George Bush Jr. E, de fato, vimos como todas as guerras que começaram desde 11 de setembro de 2001 ainda continuam hoje em 5 frentes diferentes: Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria e Iêmen.

Pouco importa que os governos aliados interpretem essas guerras de acordo com o que afirma a mídia dos Estados Unidos: não são guerras civis, mas etapas de um plano traçado pelo Pentágono.

 A "Doutrina Cebrowski" abalou os militares americanos. Seu assistente, Thomas Barnett, escreveu um artigo para a revista Esquire [5] e, posteriormente, para apresentá-lo com mais detalhes, publicou um livro intitulado O novo mapa do Pentágono: Guerra e paz no século 21 [6]

Em seu livro, publicado após a morte do almirante Cebrowski, Barnett reivindica a paternidade da estratégia traçada por Cebrowski, que deve ser interpretada apenas como uma manobra do Pentágono para não assumir sua concepção. O mesmo aconteceu antes com o "choque de civilizações" - inicialmente falava-se da "doutrina Lewis", uma manobra de propaganda concebida no Conselho de Segurança Nacional para vender novas guerras à opinião pública americana, e foi apresentada publicamente por Bernard O assistente de Lewis, Samuel Huntington, como a descrição universitária de uma realidade inevitável.

A aplicação da doutrina Rumsfeld-Cebrowski encontrou inúmeras armadilhas, algumas originadas no próprio Pentágono e outras devido às respostas das pessoas que ele queria esmagar. Por exemplo, o almirante William Fallon foi forçado a renunciar à chefia do CentCom por ter tentado negociar - por sua própria iniciativa - uma paz razoável com o governo do então presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad. A renúncia do almirante Fallon foi causada justamente pelo ... próprio Barnett, que publicou um artigo no qual acusava Fallon de ter feito declarações insultuosas contra o então presidente Bush Jr. Na Síria, o fracasso das tentativas de destruição do estado sírio deve-se à resistência do povo sírio e à entrada em cena das forças armadas russas. No caso da Síria, o Pentágono tem se dedicado recentemente a queimar safras e organizar um bloqueio comercial para matar os sírios de fome, atos de vingança abjeta que mostram que não conseguiu destruir o estado sírio.

 Durante sua campanha eleitoral, Donald Trump falou publicamente contra a "guerra sem fim" e pelo retorno dos soldados americanos para casa. Durante sua gestão, Trump conseguiu evitar que o Pentágono iniciasse novas guerras, ele também conseguiu repatriar um certo número de tropas, mas não conseguiu "domar" o Pentágono, que por sua vez desenvolveu suas forças especiais sob o modo de "Assinatura redução "[7] e conseguiu destruir o estado libanês sem usar soldados de forma visível. E agora o Pentágono está aplicando a mesma estratégia em Israel, onde organiza indiscriminadamente programas anti-árabes e anti-judeus em meio ao confronto entre Hamas e Israel.

Em várias ocasiões, o Pentágono tentou estender a "doutrina Rumsfeld-Cebrowski" à Bacia do Caribe. Lá ele planejou não a derrubada do governo do presidente Nicolás Maduro, mas a destruição do estado venezuelano, mas acabou adiando a operação.


Os 8 membros do Estado-Maior Conjunto dos EUA.

Tudo nos mostra que o Pentágono se tornou uma potência autônoma. Tem um orçamento astronômico de 740 bilhões de dólares, ou o dobro do orçamento anual de todo o Estado francês. Na prática, o poder do Pentágono se estende muito além das fronteiras dos Estados Unidos, pois também controla todos os Estados membros da OTAN.

 O Pentágono deve prestar contas ao Presidente dos Estados Unidos. Mas as experiências dos presidentes Barack Obama e Donald Trump demonstram exatamente o oposto. O presidente Obama não poderia impor ao general John Allen a política que ele queria aplicar contra o Emirado Islâmico (Daesh) e o presidente Trump foi simplesmente enganado pelo CentCom quando queria retirar as tropas americanas do Oriente Médio, especificamente do Iraque e da Síria. E não há nada que sugira que ele agirá de forma diferente com o presidente Joe Biden.

 A recente carta aberta de um grande grupo de generais aposentados dos EUA [8] mostra que ninguém sabe mais quem comanda as forças armadas dos EUA. É verdade que a análise política feita pelos signatários daquela carta aberta é digna dos tempos da guerra fria, mas isso não diminui seu ponto de vista: a administração federal e os generais do Pentágono não estão mais na mesma frequência. .

 O jornalista americano William Arkin demonstrou no Washington Post que, após os ataques de 11 de setembro de 2001, o estado federal organizou toda uma nebulosa de agências supervisionadas pelo Departamento de Segurança Interna ou Segurança Interna [9]. Essas agências interceptam e arquivam secretamente as comunicações de todos os que vivem nos Estados Unidos. Agora, Arkin acaba de revelar na Newsweek que, por sua vez, o Departamento de Defesa criou forças especiais secretas não ligadas àqueles que operam vestindo uniformes americanos [10]. Essas são as forças que hoje se encarregam da aplicação da doutrina Rumsfeld-Cebrowski, independentemente de quem esteja na Casa Branca ou de sua política externa.


O Pentágono se equipou com uma força clandestina especial que chega a 60.000 soldados. Seus membros não aparecem em nenhum documento oficial e operam sem uniforme. Supostamente destinados a combater o terrorismo, eles realmente o praticam. Enquanto isso, as forças armadas clássicas se dedicam a lutar contra a Rússia e a China.

 Em 2001, quando o Pentágono atacou o Afeganistão e depois o Iraque, ele o fez usando suas forças armadas clássicas - não tinha outras - e as de seu aliado britânico. Mas durante a "guerra sem fim" no Iraque, os militares dos EUA formaram forças jihadistas iraquianas - sunitas e xiitas também - para mergulhar o país na guerra civil [11]. Uma dessas forças, originária da Al-Qaeda, foi usada na Líbia em 2014, com o nome de Daesh. Aos poucos, esses grupos substituíram os militares dos Estados Unidos para fazer o trabalho sujo que o coronel Ralph Peters descreveu em 2001.

Hoje, ninguém viu soldados em uniformes americanos no Iêmen, Líbano ou Israel. O Pentágono ainda destaca na mídia a retirada de quem está implantado em outros países. Mas há uma força especial clandestina de 60.000 homens - sem uniforme - cuja missão é semear o caos nesses países por meio das chamadas guerras civis.

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[1] Todos acreditam que este livro é dedicado aos ataques de 11 de setembro de 2001, mas não é. Apenas a primeira parte, intitulada "Uma encenação sangrenta", se dedica a demonstrar que o que está declarado na versão oficial é materialmente impossível. As outras duas partes são dedicadas à política de vigilância em massa ("Death of Democracy in the United States") e ao projeto imperial subsequente ("The Empire Strikes").

 

[2] “Fronteiras de sangue. Como um Oriente Médio seria melhor ”, Ralph Peters, Armed Forces Journal, 1º de junho de 2006.

 

[3] "Estabilidade. America’s ennemy ”, Ralph Peters, Parameters, # 31-4, Inverno de 2001.

 

[4] Força militar transformadora. The Legacy of Arthur Cebrowski e Network Centric Warfare, James R. Blaker, Praeger Security International, 2007.

 

[5] “Por que o Pentágono muda seus mapas. E por que continuaremos indo para a guerra ”, Thomas Barnett, Esquire Magazine, março de 2003.

 

[6] O Novo Mapa do Pentágono: Guerra e Paz no Século XXI, Thomas P. M. Barnett, Paw Prints (2004).

 

[7] "De acordo com a Newsweek, o Pentágono tem forças especiais secretas 10 vezes maiores que as da CIA", Rede Voltaire, 19 de maio de 2021.

 

[8] "Carta aberta de generais e almirantes aposentados", Rede Voltaire, 9 de maio de 2021.

 

[9] Top Secret America: The Rise of the New American Security State, William M. Arkin e Dana Priest, Back Bay Books, 2012.

 

[10] "Exclusivo: Dentro do Exército secreto secreto dos militares", William M. Arkin, Newsweek, 17 de maio de 2021.

 

[11] Da impostura de 11 de setembro a Donald Trump, p. 101 e seguintes, Thierry Meyssan, Orfila, 2017.